Para Rukus, conectividade indoor passa por múltiplas tecnologias

A Rukus é uma empresa tradicionalmente conhecida pela sua atuação no mercado de WiFi profissional, e acaba sendo difícil se destacar em um evento em que o 5G deu a tônica, como foi o MWC 2019. Mas as redes internas são desafios importantes mesmo no ambiente conectado pela nova geração de redes móveis, e o WiFi e suas evoluções, como o WiFi 6, mas também o CBRS, que utiliza uma faixa de 150 MHz em 3,5 GHz que é utilizada nos EUA. A Rukus aposta na combinação de faixas licenciadas com não licenciadas para otimizar os serviços wireless. "Acreditamos que o 5G será muito mais indoor do que outdoor, porque é onde as pessoas ficam. E com isso você passa a ter uma rede com vários rádios diferentes e multisserviços, com faixas não licenciadas combinadas com parcialmente licenciadas, como o CBRS, e licenciadas como o LTE, dependendo do timing, e 5G no futuro", diz Marcos Takanohashi, vice-presidente de vendas da Arris/Rukus para a América Latina. Combinar essas diferentes faixas e arquiteturas e a forma de instalar isso em diferentes necessidades, como metrô, shoppings etc é uma das áreas de foco da Rukus, que não está no mercado de radiobase.

"O 5G não é como 4G ou 3G, em que você coloca uma radiobase iluminando uma grande área, porque as frequências mais altas não são adequadas para isso, e vai ter que localizar essa cobertura internamente. Mas precisa trazer o backhaul junto, entrar na casa do usuário. Haverá um gateway, que hoje distribui o sinal interno por WiFi, mas pode ser uma combinação de licenciado com não licenciado. "O que os operadores buscam é prover conectividade, qualquer que seja a tecnologia". A Rukus não tem planos de entrar no mercado de fixed wireless outdoor, mas acredita em integrar rádios específicos para IoT, como Zigbi ou LoRa nos access points WiFi. "Nosso foco IoT é ainda empresarial", diz.

Vale lembrar que Arris foi adquirida pela Commscope, conhecida pelas soluções de antenas e small cells, e soluções de cabeamento estruturado em redes internas e datacenter. O investidor que ancorou a operação foi o Grupo Carlyle, e para que a operação seja concluída só faltam as aprovações de México e Chile.

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