NEC aposta em OpenRAN e voltará ao mercado de RF brasileiro com 5G

A NEC vê a questão de virtualização das redes e desenvolvimento de aplicações específicas para redes 5G como um dos destaques do MWC 2019, evento que aconteceu esta semana em Barcelona. "Esse movimento já existe em 4G, de transformar a rede em uma plataforma de software, e o nosso discurso para o 5G é que esse é o momento para as operadoras se desligarem do modelo de hardware dedicados para um modelo OpenRAN. Isso é o que vai baratear o custo das redes", diz Roberto Murakami, diretor para service providers da NEC. "O padrão aberto muda a lógica para os fornecedores, que não terão mais a garantia de um contrato perene, e isso é uma arma para os operadores manterem os custos sob controle", diz.

A empresa vê a possibilidade de voltar a entrar no mercado de rádios para 5G no Brasil (RF), já que no Japão, onde a NEC é dominante, este é o foco de desenvolvimento de tecnologia. "Não adianta eu querer entrar em 4G aqui se eu não tenho nenhum R&D mais nessa área e não conseguiria adaptar a tecnologia para as especificações brasileiras, por isso a gente manteve a atuação na camada de software apenas, mas isso pode mudar agora com os leilões e com as redes de 5G", diz. Murakami lembra que o 5G poderá ser desenvolvido sem necessariamente ter que fazer a integração com as redes legadas, por exemplo.

Outro foco da empresa é redução de custos das redes por meio das soluções virtualizadas que incluem engines de predição para apontar ineficiências da rede, otimização de recursos. "As redes 5G serão mais caras e consomem mais energia, e nesse contexto é essencial ter uma gestão inteligente das aplicações".

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