América Móvil apoia Firefox OS

A Mozilla ganhou mais um aliado de peso para a promoção do seu sistema operacional móvel, o Firefox OS: o grupo mexicano América Móvil, controlador da Claro no Brasil e de várias outras operadoras móveis na América Latina. A informação, originalmente divulgada pelo blog TecnoEstrategias, do jornalista Ignacio del Castillo, foi conferida por este noticiário junto a uma fonte do grupo mexicano. Os detalhes da parceria entre América Móvil e Mozilla serão divulgados durante o Mobile World Congress, em Barcelona, no fim de fevereiro. A notícia confirma o que o vice-presidente de mercado da Mozilla, Rick Faint, havia dito em dezembro passado, durante o MEF Americas 2012, de que o Firefox OS seria lançado em outros mercados simultaneamente ao Brasil e que haveria negociações em curso com outras operadoras.

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Análise

O projeto do Firefox OS consegue a façanha de unir duas arquirrivais: a América Móvil e a Telefônica, primeira tele a apoiar publicamente o desenvolvimento do novo sistema operacional.  As duas praticamente dominam o mercado de telefonia celular na América Latina. O apoio conjunto dá cacife ao Firefox OS para se tornar um competidor de peso entre os sistemas operacionais de smartphones de entrada na região. O interesse dos dois grupos no Firefox OS se deve a duas razões: baratear os smartphones e quebrar o duopólio de Android e iOS nesse segmento, fortalecendo um terceiro player com o qual tenham mais diálogo e possam contribuir com a experiência do usuário – integrando, por exemplo, suas plataformas de billing à futura loja de aplicativos do Firefox.

Mas por que não apostar no Windows Phone ou no Blackberry 10, levando em conta que tanto Nokia quanto BlackBerry têm um longo histórico de parcerias com as teles, inclusive permitindo o billing direto na conta em suas lojas? A resposta é simples: os preços dos aparelhos desses sistemas são caros. Com o Firefox OS é possível popularizar os smartphones por meio de preços baixos. Vale lembrar que a Mozilla é uma fundação sem fins lucrativos, apoiada por uma rede de desenvolvedores e colaboradores. Isso pode ser atraente para as teles, em certa medida, mas não necessariamente se trata de um grupo mais fácil de ser dominado ou controlado.

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