Além de lançar a faixa de 700 MHz, a Algar Telecom deverá também executar o refarming da faixa de 1,8 GHz para oferecer 4G. Assim como outras operadoras (TIM, Claro e Vivo), a tele pretende aproveitar a migração natural da base GSM para 3G, o que ajuda na reutilização da banda para o LTE. De acordo com o diretor de operações e tecnologia, Luiz Antônio Andrade Lima, a empresa deverá alocar 5 MHz da faixa para 4G, em um primeiro momento. "Vamos liberar o mais rápido possível, mas a gente precisa de aprovações internas", declarou ele a este noticiário. Segundo Lima, uma vez garantido o sinal verde na empresa, o início da operação do refarming seria relativamente rápida, levando de quatro a cinco meses.
Ao contrário das outras empresas, porém, a companhia mineira não deverá aproveitar a faixa para fazer agregação de portadoras (LTE-Advanced). A ideia é usar apenas para a operação LTE normal, somando à faixa de 700 MHz com a qual deverá prestar o serviço de forma mais abrangente, dada a natureza de grande cobertura da faixa. Há de se esperar, porém, a liberação do espectro, atualmente ocupado com a radiodifusão. "Por enquanto ainda sem agregação, mas mais para frente, se eu conseguir (liberar outras faixas), é possível", diz o diretor.
O plano é, naturalmente, conseguir maior eficiência espectral. "Com essa base, vamos tentar migrar tudo do GSM para 900 MHz, liberando (o 1,8 GHz) para 4G", declara Lima. Em seguida, a empresa pretende migrar o máximo possível da base 2G para o 3G, liberando assim ainda mais banda para LTE.
Segundo conta o diretor da Algar, esse lançamento é parte da estratégia de transformação digital da empresa, assim como da modernização da rede para acesso ótico. Disso também faz parte o WCDMA: a operadora comemora ter fechado a cobertura 3G em 100% das cidades onde tem concessão. Isso significa 87 cidades e mais de 200 localidades – de acordo com a empresa, pelo menos 70% desses locais têm menos de 20 mil habitantes.
* O jornalista viajou a Uberlândia a convite da Algar Telecom.
