MCTIC abrirá cadastro para empresas e instituições interessadas no Plano Nacional de IoT

Thales Netto, do MCTIC

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações (MCTIC) lançará na próxima segunda-feira, 5, uma nova etapa do estudo sobre Internet das Coisas como parte do consórcio entre BNDES, CPqD, McKinsey e o escritório Pereira Neto Macedo Advogados. Essa nova etapa, que durará de dez a 15 dias, será de coleta de informações de empresas e instituições para criar uma espécie de Atlas de IoT, que servirá de base para o lançamento do Plano Nacional de IoT, que continua previsto para ser apresentado em setembro pela pasta.

De acordo com o coordenador geral de ciência e tecnologia do MCTIC, Thales Marçal Vieira Netto, esta nova fase – chamada de "terceiro byte" – do estudo será realizada com o cadastro voluntário de desenvolvedores, integradores, provedores de serviços e demais interessados em um formulário que será disponibilizado no site da pasta e do BNDES na próxima semana. "Estamos fazendo uma pesquisa para capturar quem está trabalhando com IoT em cada camada tecnológica, e também na camada de aplicação: quem está fazendo soluções para home automation, automóvel, segurança, saúde e área industrial; além das camadas mais básicas, como quem fornece conectividade e integração", contou ele a este noticiário após participação em painel no congresso da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint 2017) nesta quinta-feira, 1º.

O período de coleta de informações para a formação deste mapa inicial de IoT será curto por conta não apenas da otimização operacional, mas também porque o Ministério continua trabalhando com o cronograma de entrega do Plano em setembro. "Se deixar aberto por muito tempo, todo mundo vai deixar para preencher no final", explica Netto. "E também não posso colocar um mês porque a gente tem cronograma do estudo de IoT, do contrato do BNDES com a McKenzie e CPqD." A ideia é também que esse atlas seja dinâmico, com o ecossistema sendo atualizado com o passar do tempo. "O objetivo é ser constante, ter um observatório de IoT para ir tirando e colocando empresas neste mapa com a maior frequência possível", declara.

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O governo também pretende divulgar a consulta entre startups e encubadoras. O pressuposto é que todas essas diferentes entidades se conversem e encontrem soluções complementares e convergentes, de fato criando um ecossistema interoperável. O coordenador cita como exemplo iniciativas como a do Cesar, em Pernambuco, que desenvolveu o middleware para integrar sistemas e protocolos específicos de Internet das Coisas, o KNoT, lançado em janeiro deste ano.

Conversa entre agências

A Câmara de IoT está trabalhando não apenas com a Anatel, mas com outras agências também na elaboração do Plano. De acordo com Thales Netto, as discussões envolvem por exemplo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicações de monitoramento e logística em portos, aeroportos e rodovias, além de medicamentos, respectivamente. "A gente está englobando tudo isso para dar uma cara coordenada, um peso político maior, para colocar todos os ministérios com a ajuda da iniciativa privada. A ideia do Plano Nacional de IoT é capturar várias dessas informações e juntar em um mesmo guarda-chuva para a gente conseguir botar para frente", conta.

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