?A killer application das operadoras (de telecomunicações) sempre foi voz?, disse Glauciene Bentes, da IBM, no Congresso TV 2.0 nesta quarta, 31. ?Mas o transporte de dados deve ser a segunda onda?, destacou a executiva em apresentação sobre as tendências para a televisão móvel. Para a IBM, a TV móvel tem apelo à quase a totalidade da base de usuários da telefonia celular. ?TV é massa, é todo mundo?, disse a executiva. Para ela, as operadoras têm duas grandes vantagens nesta modalidade de distribuição de conteúdo: conhecimento ímpar do usuário final e facilidade de billing. E interesse não falta, já que a TV móvel acena com a possibilidade de gerar novas receitas, redução do churn e aumento do uso da rede. Segundo pesquisa da IBM, 59% dos brasileiros querem ter acesso à TV móvel, ?como um serviço complementar à TV convencional?, explica Glauciene. Contudo, vale ressaltar, a apresentação da IBM não contemplou a transmissão aberta de TV para receptores móveis que deve começar em dezembro deste ano, com o início da TV digital.
Números e comportamento
A pesquisa feita pela IBM mostrou como deve ser o crescimento do mercado de TV móvel no mundo e como é o comportamento dos usuários nos países onde já existe este serviço. A expectativa é que este mercado movimente US$ 8,1 bilhões nos Estados Unidos até 2001, chegando a 125 milhões de usuários. Para a IBM, o conteúdo para receptores móveis precisa ser de fácil acesso, com interatividade e personalizado para o usuário. Além disso, o usuário não quer pagar por tempo de uso ou por conteúdo, preferiria, segundo Glauciene, de um modelo por assinatura. Uma pesquisa em alguns países mostra que o usuário está disposto a pagar entre 5 euros (na Espanha) e 10 euros por mês (na Finlândia).