A tecnologia power line telecommunications (PLT) , que utiliza os cabos de energia elétrica para transmitir dados, pode ser uma solução para as espelhos brasileiras. A sugestão parte da Aptel (Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e de Sistemas de Telecomunicações), entidade que abriga diversas empresas distribuidoras e transmissoras de eletricidade.
"Existem cerca de 20 milhões de domicílios que não possuem linha telefônica, mas recebem energia elétrica", afirmou o presidente da Aptel, Pedro Jatobá. Segundo o executivo, a tecnologia PLT poderia ser utilizada pelas espelhos para levar o serviço telefônico a essas residências utilizando voz sobre IP. O custo com a aquisição dos modems necessários para a decodificação do sinal poderia ficar a cargo das empresas de energia, sugere Jatobá. "O gasto seria cobrado em parcelas bem pequenas nas contas de luz", explica o executivo. A inadimplência não seria um problema para as espelhos, desde que fossem oferecidos somente planos pré-pagos.
A Aptel quer apresentar a idéia à Anatel e Ministério das Comunicações, que poderiam se interessar, tendo em vista que esta seria uma forma de garantir a universalização do serviço telefônico. A entidade está concluindo um estudo sobre os investimentos necessários para implementar a tecnologia. Os números devem ser apresentados no seminário anual da Aptel, que será realizado no fim de agosto no Rio de Janeiro.
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