Com DTH fora do foco, Vivo concentra investimentos em fibra

Foto: Pixabay.com

A Vivo continua apostando na fibra em sua estratégia fixa, tanto para a banda larga quanto para a TV por assinatura. A ideia da empresa é se afastar do acesso via satélite, até explorando novas parcerias comerciais com over-the-top (OTTs), mas com foco principal no avanço da sua rede FTTH. A companhia disse ter uma conversão de premissas (homes-passed) em clientes com taxa acima de 30%, e uma média de penetração em capacidade instalada de 42%. Atualmente, a tele conta com 8 milhões de homes-passed.

Até setembro, foram 16 novas cidades com FTTH, e a expectativa é de encerrar o ano com mais nove municípios, totalizando 25 localidades. Somente nesta terça-feira, 30, a empresa anunciou a chegada da oferta FTTH às cidades de Araras, Capivari, Franca – no interior do Estado de São Paulo – e Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais.

Atualmente, a cobertura FTTx está presente em 230 cidades, das quais 104 são com FTTH. O IPTV está em 98 cidades, mas todas as novas localidades instaladas com fibra já terão essa tecnologia de TV por assinatura. A quantidade de sites fibrados também aumentou: 38% comparado a 2017. Por sua vez, a cobertura 4G está em 87% dos municípios, das quais 850 são com LTE-Advanced (chamada comercialmente de 4G+ pela empresa), um acréscimo de 736 novas localidades somente neste ano.

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Capex

Mesmo com o expectativa de crescimento da infraestrutura ótica, a operadora espera otimizar os investimentos. "O Capex no final do ano será menor do que inicialmente esperávamos", declarou o  COO da tele, Christian Gebara, durante teleconferência de resultados financeiros nesta terça-feira. A destinação dos recursos ainda terá um mix mais voltado para novas tecnologias, com aumento de 37% para 4G, 17% para FTTH e 6% em IPTV.

Gebara declarou que o desempenho FTTH não deverá se traduzir em aumento da proporção de Capex destinado para a fibra. Ele explica que o plano da operadora é de encerrar o ano com 25 cidades novas com fibra disponível, e que a questão é equilibrar a implantação da infraestrutura de rede em conjunto com a capacidade comercial. "Fechamos o ano passado com 7 milhões de homes-passed, vamos sair este ano com 9 milhões e em 2020 teremos mais de 15 milhões – é uma grande aceleração", declarou.

O executivo evitou comparar o avanço do FTTH da empresa com o de provedores regionais, mas o presidente da Vivo, Eduardo Navarro, destacou que há um retorno sobre capital investido com margens melhores para a empresa. "Nossas economias devem ser melhores por causa de nossa escala", diz.

DTH não é prioridade

Embora a base da TV por satélite na Vivo ainda seja maior, a companhia mantém o posicionamento de não investir na tecnologia. A base de FTTH é de 9 milhões de acessos, mas o FTTc é de 11 milhões. Ainda assim, a solução satelital não é a ideal para a empresa. "Para o cliente que quiser o triple-play, o IPTV só tem na fibra, então vai depender da demanda do consumidor. Não vamos estimular a venda de DTH", afirmou Christian Gebara. Mesmo que isso signifique migração para outra empresa de TV por assinatura ou alternativas. "Depende da demanda do cliente, mas estamos abertos com outras formas de parcerias com OTTs", diz, lembrando de recentes parcerias com a Amazon e a Netflix. 

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