A meses da fusão, Nokia e ALU têm bom desempenho no trimestre

Falta pouco para que a Nokia finalmente incorpore a Alcatel-Lucent (ALU), um negócio de 15,6 bilhões de euros anunciado em abril e que colocará a companhia resultante da fusão das duas vendors em melhores condições de competir num mercado cada vez mais acirrado com a sueca Ericsson e a chinesa Huawei. O negócio já conseguiu sinal verde de agências reguladoras e órgãos antitruste em vários países (incluindo os EUA e o próprio Brasil) e a conclusão, prevista para meados de 2016, pode até ser antecipada.

Para ajudar na expectativa do mercado que tem sido bastante positiva, ALU e Nokia apresentaram nesta quinta, 30, bom desempenho em seus resultados financeiros relativos ao segundo trimestre de 2015, acima, inclusive, do esperado.

ALU

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Pela primeira vez desde a fusão entre Alcatel e Lucent, em 2006, a empresa conseguiu apresentar um fluxo de caixa livre positivo, de 65 milhões de euros no segundo trimestre de 2015 – um ano antes, o fluxo de caixa era negativo em 205 milhões de euros. O fluxo de caixa positivo era a meta do plano de reestruturação da empresa (Shift Plan), lançado em abril de 2013, que incluiu demissão de funcionários e corte de custos operacionais, além do foco em negócios mais rentáveis, como redes de IP e acesso à ultra banda larga móvel e fixa.

As vendas tiveram crescimento anual de 5% e renderam receita de 3,45 bilhões de euros no segundo trimestre de 2015. Já o prejuízo líquido da franco-americana teve uma melhora sensível e ficou em 54 milhões de euros – um ano antes o prejuízo fora de 298 milhões de euros.

O CEO da ALU, Michel Combes deixará o cargo no próximo dia 1º de setembro e o posto será assumido interinamente pelo chairman Philippe Camus até que a incorporação pela Nokia seja concluída.

Nokia

No caso da finlandesa, vendas de software e a escolha de não entrar a todo o custo em disputa de preços para ganhar contratos rendeu à Nokia alta nos lucros operacional e líquido e nas receitas. O lucro operacional, desconsiderando os custos relativos à venda da unidade de dispositivos móveis para a Microsoft e outros custos relacionados à transação (non-IRFS) teve alta de 51% e fechou junho em 521 milhões de euros, elevando a margem operacional de 11,8% para 16,2% no período. A fornecedora conseguiu também lucro líquido de 352 milhões de euros, frente a um prejuízo de 27 milhões de euros no segundo trimestre de 2014 (isso já incluindo os custos relativos à venda da divisão móvel).

As vendas da Nokia subiram 9% na comparação anual entre trimestres, para 3,21 bilhões de euros. A maior parte da receita (85%) veio da unidade de redes, que faturou 2,73 bilhões de euros. A divisão de mapas digitais Here faturou 290 milhões de euros, enquanto a Nokia Technologies, divisão de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia avançada e licenciamento, arrecadou outros 193 milhões de euros.

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