Por que razão a mexicana Telmex se disporia a quase dobrar a oferta da Embratel de US$ 110 milhões, ou a da Telefônica, de US$ 145 milhões, pagando cerca de US$ 205 pela rede de fibra ótica da AT&T Latin America? Afinal, como a própria Telmex admitiu ao analista Jeffrey Noble, do BBVA Bancomer, só haverá algum resultado positivo no longo prazo, dada a fase ainda embrionária do mercado latino-americano de dados. Além disso, as operadoras controladas pelo grupo de Carlos Slim Hue no Brasil (Telecom Américas) sequer trabalham com longa distância ou com dados, o que elimina a hipótese de ganhos sinérgicos.
Ao que parece, a Telmex estaria apenas sinalizando um período de expansão. Sua mensagem para o mercado, segundo entendem os analistas, é que ela sabe que precisa crescer e o fará. Isso deverá alimentar as especulações sobre aquisições no Brasil nos próximos meses. Vale lembrar que nessa lista já estão a Telemar e a Intelig.
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