Operadoras de satélite investirão US$ 2,1 bilhões até 2020 no País, diz Abrasat

Na expectativa do lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação da Telebras (SGDC), a Associação Brasileira das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Abrasat) apresentou nesta quarta-feira, 29, dados do setor no País, que mostram uma expectativa de investimentos de mais de US$ 2 bilhões em três anos. Considerando que em dez anos (desde a sanção da Lei Geral de Telecomunicações em 1997) as operadoras investiram US$ 4,5 bilhões no País, será um avanço de 46,67% em menos de um terço do período.

A previsão do setor é que serão investidos US$ 2,1 bilhões até 2020 nesse mercado. Essa quantia é correspondente aos pelo menos sete novos satélites que já foram licitados e aprovados pela Anatel e considera apenas construção e lançamento, mas não investimentos em redes terrestres. A Abrasat calcula que os novos sistemas ampliarão a capacidade satelital em mais de 100 Gbps com a utilização das bandas Ka e Ku. Somente com o SGDC, serão 58 Gbps de capacidade. Outros satélites com essas tecnologias são Eutelsat 65WA, Star One D1 e Amazonas 3, além dos sistemas Inmarsat Global Xpress, Intelsat Epic e a constelação de baixa órbita da O3b-SES.

Em comunicado, o presidente do Sindicato Nacional de Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat), Luiz Otavio Vasconcelos Prates, afirma que "a nova geração de satélites de banda Ka possibilita a massificação da banda larga a preços competitivos e compatíveis com outras tecnologias". Essa banda, que utiliza faixa de 27 a 30 GHz de subida e 17,7 a 20,2 GHz de descida, deverá ser utilizada para backhaul de banda larga móvel, inclusive para a futura tecnologia 5G, segundo a Abrasat. Outras tendências que utilizarão a capacidade satelital são a Internet das Coisas (IoT) e a nova geração de conectividade de bordo em aviões.

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Atualmente, o País conta com 15 satélites a um custo médio de US$ 300 milhões por satélite em órbita. A conta de US$ 4,5 bilhões não considera os investimentos em satélites com posições estrangeiras, mas com capacidade comercializada no Brasil – são mais 35 satélites, além de três sistemas de baixa e média órbita que irradiam sinais para o território brasileiro. O setor conta também com 15 operadoras: Echostar, Eutelsat, Globalsatar, Hispamar, Hispasat, Inmarsat, Intelsat, Iridium, Orbcomm, O3b, SES, Star One, Telebras, Telesat e Yahsat.

TV por satélite

A entidade destaca também que o País fechou 2016 com 10,761 milhões de acessos por DTH com as operadoras Sky, Claro TV, Oi TV e Vivo TV, de acordo com dados da Anatel. Atualmente são 1.640 canais em SD e HD, e a Abrasat afirma que espera canais lineares em Ultra HD (4K) ainda neste ano, além de novos modelos de VOD e SVOD (por assinatura). Na TV aberta, os satélites carregam 250 canais SD e HD. Citando números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD, do IBGE), referente a 2015, antenas parabólicas em banda C (considerando antenas analógicas e digitais) estão instaladas em 21,4 milhões de residências, chegando a mais de 70 milhões de brasileiros.

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