A Oi teve um prejuízo líquido de R$ 95,4 milhões no segundo trimestre deste ano. O resultado foi bem pior que o primeiro trimestre em razão da forte competição verificada entre abril e junho, devido a datas fortes no varejo, como dia das mães e dia dos namorados. Juntando com o prejuízo de R$ 11,8 milhões do primeiro trimestre, a operadora acumula R$ 107,3 milhões de resultado negativo no ano. "Maio passado foi o terceiro mês mais forte da história da telefonia móvel brasileira, perdendo apenas para os dois Natais anteriores", disse o diretor de finanças e relações com investidores da Telemar, Marcos Grodetzky.
A receita bruta da operadora celular no segundo trimestre foi de R$ 890,9 milhões, o que representa um aumento de 27,5% em relação ao mesmo período de 2004. A receita líquida, por sua vez, cresceu 25,6%, atingindo R$ 685,1 milhões. O Ebitda no segundo trimestre foi de R$ 71,2 milhões, com margem de 10,4%, contra R$ 10,6 milhões e margem de apenas 1,9% no mesmo período do ano passado.
Na comparação entre semestres fica mais claro a melhora no balanço da Oi. O prejuízo acumulado no primeiro semestre de 2004 fora quase o dobro do atual: R$ 198,6 milhões. Além disso, o Ebitda quadriplicou, saltando de R$ 45,7 milhões na primeira metade de 2004 para R$ 188,9 milhões agora. A margem Ebitda também melhorou, subindo de 4,7% para 15,1%.
Base
A operadora teve uma adição líquida de 1,2 milhão de clientes no semestre, terminando junho com 8,1 milhões de assinantes. Desse total, 86% são pré-pagos e 14%, pós-pagos. A Telemar não revela quanto gasta na aquisição de clientes, mas Grodetzky disse que a empresa tem com meta ter o retorno desse investimento, em média, com algo entre 6 e 7 meses de uso dos serviços pelo assinante. "Em épocas mais competitivas esse prazo pode chegar a 10 meses", disse.
