Cisco define cloud, software e IoE como sua nova estratégia de mercado

A Cisco inicia um novo ciclo de mudanças em seu foco de mercado, com a oferta de soluções de software e cloud computing, e em especial para o que chama de IoE – Internet of Everything, mercado estimado em US$ 19 trilhões. As iniciativas foram anunciadas nesta terça-feira, 28, por John Chambers, chairman e CEO da empresa, na abertura do Cisco Partners Summit 2015, na cidade de Montreal, Canadá, reunindo 2.200 parceiros de negócios uma audiência virtual de mais 7 mil executivos ao redor do mundo.

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O número total de previsão de mercado foi feito com base na análise de 61 casos de negócio, sendo 21 em empresas privadas (US$ 14,4 trilhões) e 40 do setor público (US$ 4,6 trilhões). E para atender esse potencial, a Cisco estabeleceu um programa de canais com grandes players de verticais de mercado, como a Johnson Controles e Rockwell Automation, Arrowdown, Paso Systems, Sensity Systems, empresas que desenvolveram projetos conjuntos com base de IOE em plantas de petróleo, no gerenciamento de aeroportos, na fabricação de autopeças.

A Sensity, que assinou uma parceria recente coma Cisco, tem um projeto de troca de iluminação municipal por luz de LED nos postes, incluindo equipamentos de Wi-Fi e câmeras de monitoramento, com as quais pode identificar as vagas de estacionamento disponíveis em uma rua, informação compartilhada através de um aplicativo, facilitando a busca dos motoristas por vagas de estacionamento.

Para atender a demanda do mercado de IoE a empresa já treinou 38 parceiros e mais 94 estão em treinamento, com o intuito de dobrar a oferta em um ano, totalizando 600 profissionais até agora. Mas o potencial da demanda supera a casa de 300 mil engenheiros com conhecimento em soluções convergentes.

Segundo Robert Lloyd, presidente de desenvolvimento e vendas da Cisco, o mercado de IoE também é potencial de parcerias com startups, uma vez que essa tecnologia possibilita o surgimento de aplicações inovadoras em diferentes nichos de mercado.

Digital Transformation

Em sua palestra de abertura, Chambers falou sobre os desafios desse novo enfoque de mercado e das oportunidades para os parceiros de negócios. Segundo ele, de 1990 as empresas viveram a chamada Era de Informação, baseada na infraestrutura de Internet; de 2010 a 2030, viveremos a Era Digital, que tem como base central na chamada a ''Fast – IT'', que exige decisões por parte dos CIOs e CEOs de forma rápida, com um objetivo de crescimento exponencial. Para ele a empresa digital precisa ser rápida, inovadora, tem um TI ágil e segura.

"Em 2020, 75% dos negócios serão digitais, mas apenas 30% das empresas atuais vão ter sucesso esperado nesse objetivo", diz Chambers, acrescentando que depois delas chegarem lá, precisam continuar sendo inovadoras.

Software

Para constituir sua oferta no mercado de software, a empresa anunciou o Cisco One, uma plataforma que oferece integração de colaboração, segurança, data & analytics, aplicações preparadas para IoE e gerenciamento. Os clientes poderão adquiri-lo de maneira flexível para comprar uso em data centers, WAN e domínios de acesso, em diferentes estágios do ciclo de vida do produto.

A entrada no mercado no mercado de software é resultado também da várias aquisições, como a Insieme, Memoir Systems, Embrame, ela última dedicada a soluções desenvolvidas por software (SDN), tecnologia por trás dessa nova plataforma.

Com essa nova proposta, ela abre novos nichos de mercado para seus canais, pois estabeleceu três novas categorias de serviços. Consultoria, Integração de Software basicamente voltada para os ISVs (Independent Software Vendors) e Software Lifecycle Adivisor, responsável por traçar a estratégia e acompanhar a aquisição, fases e mudanças na implementação de software.

Intercloud

Cisco apresentou no Partner Summit2015 os detalhes da sua estratégia de nuvem Intercloud, anunciada no final de março do ano passado, que se constitui numa arquitetura segura, com escalabilidade.Um novo portfólio de serviços de TI voltado para empresas usuárias, prestadores de serviços e revendedores.

Chamber diz que serão investindo mais de US $ 1 bilhão ao longo dos desses dois anos, que crescerá ainda mais com novas aplicações locais que serão desenvolvidas pelo mercado. A Intercloud tem uma versão para Cloud Builders, focada parceiros de negócios de data center e serviços gerenciados de TI, Cloud Resellers, que poderão revender para o mercado e Cloud Providers, prestadoras de serviços na nuvem.

Segundo a Cisco, alguma empresas já endossaram sua estratégia de InterCloud, como a operadora de Telecom australiana Telstra; a provedora de comunicações de negócios canadenses Allstream; a empresa de nuvem europeia Canopy, do grupo Atos; a distribuidora Ingram Micro; a provedora de serviços gerenciados Logicalis Group; a empresa de BI e Analyticss MicroStrategy, a provedoras de informações financeira e de risco SunGard e a consultoria de TI e outsourcing indiana Wipro Ltd.

"Os clientes, fornecedores e parceiros de canal igualmente estão transformando a Cisco para criar ambientes de nuvem híbrida aberta e altamente segura. Ele querem implantar rapidamente valiosas experiências de classe empresarial em nuvem para clientes-chave, tudo ao mesmo tempo, mitigando o risco do investimento de capital", enfatizou Lloyd.

*O jornalista viajou a convite da Cisco.

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