Sucessão da CCTCI continua indefinida

A disputa pela presidência da Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação (CCTCI) da Câmara dos Deputados deverá continuar até a próxima semana. Esta é a avaliação dos assessores das lideranças do PT e do governo e de observadores dos debates que o partido tem travado para a escolha do sucessor de Júlio Semeghini (PSDB/SP) na comissão. Tanto a escolha de Walter Pinheiro (BA) quanto a de Jorge Bittar (RJ) tem prós e contras para o PT e, por isso, a articulação política tem se intensificado em torno dos nomes.
Até a quarta-feira, 27, Pinheiro era o mais cotado e seu nome chegou a ser divulgado pela bancada do PT como o próximo presidente. Mas a intempestividade do deputado ? que chegou a ameaçar sair do PT quando começou a montagem do PSOL ? estaria contando pontos contrários para sua efetiva eleição. Já Bittar tem fama de ser mais tranqüilo com relação às propostas do partido, mas seu nível de diálogo com o Palácio do Planalto não é tão próspero quanto o de Walter Pinheiro. Por outro lado, sua indicação seria uma forma de o PT prestigiar a bancada do Rio de Janeiro.
Na noite de quarta-feira, a bancada do PT ficou reunida até 1h da madrugada discutindo o desenho do partido neste ano legislativo e a sucessão na comissão, mas não chegou a nenhuma conclusão sobre a presidência. Os assuntos estão interligados, já que Pinheiro é hoje vice-líder do governo e sua eventual escolha para presidir o grupo da Ciência e Tecnologia deixaria outra vaga importante para ser ocupada pelo PT.

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Até segunda

Os mais otimistas acreditam que o partido conseguirá fechar o nome para a comissão de comunicação até a segunda-feira, 3 de março. Iniciar a semana com uma decisão é importante já que a presidência da Câmara agendou para a terça-feira, 4, a eleição e posse nas comissões. Descumprir a data geraria um constrangimento para o PT depois de ter passado semanas brigando com o PSDB pelo comando da comissão.
Nos bastidores do partido já se levanta a idéia de que o presidente seja decidido no plenário da CCTCI, colocando os dois nomes em votação pelos demais membros do grupo. Está é a hipótese mais improvável, uma vez que o impasse na escolha não está no campo da competência ou carisma dos deputados perante a comissão, mas sim no âmbito da estratégia do partido para o ano de 2008.

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