Somente um decreto presidencial permitirá o surgimento de uma grande operadora brasileira com atuação nacional para competir com Telmex e Telefônica. Essa é a opinião de Luiz Eduardo Falco, presidente do grupo Telemar, agora rebatizado como Oi. Atualmente, a legislação proíbe que um mesmo grupo controle mais de uma concessionároa de telefonia fixa. Na verdade, quando fala em decreto, o que Falco está colocando é que a restrição hoje existente para a criação de uma grande operadora nacional é o Plano Geral de Outorgas, que é um instrumento alterável por decreto apenas.
O executivo nega que haja no momento qualquer articulação política com esse objetivo, mas disse acreditar que exista um ambiente e um desejo político de que isso aconteça. Ele não confirmou se há conversas entre os acionistas da Oi e da Brasil Telecom para uma possível fusão entre os dois grupos, mas lembrou que existem acionistas em comum, como os fundos de pensão, o que facilitaria o entendimento. Falco foi claro ao apontar quem são os verdadeiros adversários da Oi hoje: ?nossos concorrentes são Telmex e Telefônica. Acho que o Brasil tem que resolver esse problema da plataforma nacional?, afirmou.
A fusão entre Brasil Telecom e Oi é um tema recorrente e vem sendo debatido há bastante tempo. No seminário ?Políticas de (Tele)Comunicações?, promovido por Teletime no dia 8 de fevereiro passado, a Embratel, que pertence ao grupo Telmex, deixou clara sua opinião sobre qualquer mudança no modelo: "é coisa de país subdesenvolvido. Fala-se em renovar o modelo. Não tem que renovar modelo nenhum. Vamos prestigiar o setor ", disse, durante o evento, o presidente da Embratel, Carlos Henrique Moreira.
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