Empresas propõem alternativas para modelo de negócios em SVA

O mercado de entretenimento em telefonia celular movimenta cerca de US$ 20 bilhões por ano mundialmente. "Isso é cinco vezes mais do que se ganha com entretenimento na internet", compara o chairman do Mobile Entertainment Forum, Patrick Parodi. E essa receita deve ultrapassar US$ 40 bilhões em 2010, segundo uma recente pesquisa do grupo Informa. Apesar dos números serem astronômicos, o que poderia significar uma maturidade do negócio, ainda há muita discussão em torno do modelo de vendas e da divisão da receita.
O chairman da mBlox, uma importante integradora internacional de SMS, Andrew Bud, afirma que o mercado de serviços de valor adicionado (SVA) poderia crescer muito mais se as operadoras abrissem mão de parte de sua receita em favor dos provedores e desenvolvedores de conteúdo. "Os provedores de conteúdo investiriam mais em marketing e isso faria a receita crescer para todo mundo, inclusive para as operadoras", afirma o executivo. Segundo Bud, em vez de ficar com 50% do faturamento líquido com SVAs, o ideal seria que as operadoras recebessem algo entre 20% e 30%. O chairman da mBlox diverge da teoria de que o dinheiro que o consumidor está disposto a gastar com SVA seja sempre o mesmo. "O ARPU com conteúdo varia de acordo com o esforço de venda dos serviços", garante.
Por outro lado, é necessário respeitar as características regionais de cada mercado. O vice-presidente da Sony BMG para negócios digitais na América Latina, Seth Schachner, lembra o caso brasileiro, onde 30% da receita é retida para pagamento de impostos, o que diminui sensivelmente a receita para ser dividida entre operadoras e provedores de conteúdo.

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Índia

Em mercados emergentes, muitas vezes, é necessário inovar. Na Índia, por exemplo, as operadoras criaram uma nova modalidade de cobrança para jogos no celular: o usuário pode pagar por cada vez que joga. O preço gira em torno de US$ 0,05. Também na Índia, embora ainda não haja 3G, são feitos 250 mil downloads de vídeos por dia. Em grande parte, isso se deve ao sucesso da indústria cinematográfica local, conhecida como Bollywood, que produz mais de mil filmes por ano.

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