Oi perde a liderança na região 1, mas registra aumento do lucro

A operação móvel do grupo Oi respondeu por apenas 11,5% das adições líquidas na região 1 durante o segundo trimestre deste ano. Foi um resultado bem abaixo da média da companhia nos trimestres anteriores, quando vinha registrando participações acima de 20%. No segundo semestre do ano passado, por exemplo, a operadora deteve 38,1% das adições líquidas na área. Por conta disso, a Oi perdeu a liderança do mercado na região 1 e agora detém 26,5% do mercado, com um total de 13,6 milhões de assinantes. A nova líder é a TIM, com 13,7 milhões.
A estratégia de vender chips foi uma das razões para a queda. Segundo o diretor de finanças e relações com os investidores da Oi, José Luis Salazar, dar um chip no Dia das Mães tem menos apelo que dar um telefone celular. O executivo, contudo, garante que a empresa não está mais preocupada com essas sazonalidades e aposta que pode conquistar os clientes perdidos mais tarde com qualidade de serviço. Salazar reconheceu também que no segundo trimestre os concorrentes criaram promoções de tráfego muito fortes. ?Para o Dia dos Pais estamos com uma oferta bem competitiva e esperamos recuperar market share no próximo trimestre?, afirmou.
O churn da Oi entre abril e junho manteve-se estável em 7,7%. A receita média mensal por usuário (Arpu) também: R$ 21,5. Do total da base da operadora, 18% são clientes pós-pagos.

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Lucro

A operação móvel do grupo Oi registrou lucro líquido de R$ 102,5 milhões no segundo trimestre. Isso é mais que o dobro do resultado verificado no trimestre anterior, que fora de R$ 45,6 milhões e muito acima do R$ 0,4 milhão obtido um ano antes.
A receita operacional bruta da operadora celular aumentou 24% na comparação anual entre trimestres, alcançando de R$ 1,37 bilhão. A receita líquida totalizou R$ 1,027 bilhão entre abril e junho, o que representa crescimento de 32% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em doze meses o Ebitda aumentou 74%, passando de R$ 153,6 milhões para R$ 266,5 milhões. No mesmo intervalo, a margem Ebitda subiu de 19% para 25,9%.
A receita com remuneração de rede foi a que mais cresceu: quase dobrou em 12 meses, atingindo R$ 445,3 milhões. O motivo foi a adoção do full billing em julho do ano passado. Merece destaque também o crescimento nas receitas com assinatura e com chamadas originadas que aumentaram, respectivamente, 19% e 21% na comparação anual entre trimestres, registrando R$ 218,7 milhões e R$ 388,8 milhões. Em razão da decisão da operadora de parar de subsidiar aparelhos pré-pagos, a receita com revenda de terminais caiu de R$ 108,6 milhões para R$ 65,2 milhões, ano a ano.
O faturamento com serviços de valor adicionado (SVA) caiu 11,6% em 12 meses, baixando de R$ 74,7 milhões para R$ 66 milhões. Essa receita ficou praticamente estagnada em relação ao primeiro trimestre, quando foi de R$ 66,2 milhões. De acordo com Salazar, essa queda estaria relacionada à facilidade cada vez maior que os clientes têm de baixar conteúdos da internet para o celular.

3G e sobras

Salazar informou que a empresa está estudando tanto o edital do leilão de 3G quanto o de sobras do SMP e a tendência é de participar de ambos. A respeito da Telemig Celular, o executivo informou apenas que se trata de um ativo interessante e preferiu não responder se os controladores da Oi aceitarão ter o Opportunity como sócio ou se farão uma oferta pela participação de 49% que o banco de Daniel Dantas têm na Telpart, holding que controla a operadora mineira.

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