A aversão a ações de telecomunicações atingiu todos os mercados do mundo nesta quarta-feira, 26. Desta vez, devido ao escândalo na contabilidade da operadora norte-americana de longa distância WorldCom, que controla a brasileira Embratel. As fraudes incluem o encobrimento de despesas da ordem de US$ 3,8 bilhões, que se transformaram em lucros artificiais. Trata-se, porém, de apenas mais um episódio de uma série que está abalando a confiança dos investidores. Uma pequena relação do site de informações econômicas Prudent Bear relaciona, somente nas últimas semanas, a Adelphia (em concordata), Alcatel (péssimos resultados) e Motorola (queda de dois níveis na avaliação de risco de crédito). Mais do que nunca, os analistas passaram a trabalhar com a hipótese de falência da WorldCom, cujas ações, que já chegaram a valer US$ 64, estavam cotadas a US$ 0,83 no momento que a sua negociação foi suspensa.
Também no Brasil
A mesma tendência de aversão ao risco de telecom se observa no Brasil, onde os BDRs da Telefônica e as ações da Tele Celular Sul foram as única exceções de uma baixa geral dos papéis do setor na bolsa nesta quarta-feira, 26. Estaria havendo uma migração para Petrobrás, Vale, VCP e Sadia, principalmente.