Balanço da Telefônica agrada mercado e mostra alternativas

Mais importante que os números em si, o resultado da Telefônica no Brasil, no quarto trimestre de 2006, mostra que a estratégia para contornar a queda da receita com telefonia fixa tem se mostrado acertada. Isto porque a empresa obteve um grande crescimento das receitas com o Speedy (33,1% na comparação ano-a-ano), graças, em parte, às parcerias comerciais firmadas com a TVA e com a DTHi na oferta conjunta, com desconto, de TV por assinatura e banda larga, diz a empresa. Outro serviço que se mostrou competente na tentativa de estancar a queda de tráfego foi o plano alternativo de minutos que cresceu 62% no ano, atingindo 3,52 milhões de linhas.
?O balanço deste trimestre mostrou para onde a empresa pode crescer, sendo que ela é de telefonia fixa pura, o crescimento continuará dependendo das plataformas de banda larga e triple play?, avalia Luciana Leocadio, da Ativa Corretora. Diante deste cenário, de acordo com a analista, a aprovação da compra da TVA deve impulsionar ainda mais a convergência dos serviços da Telefônica e com isso gerar alternativas de receita que compensem a queda do tráfego de voz.
Para quem tem uma operação móvel em conjunto, como é o caso da Telemar e da Brasil Telecom, ?é menos complicado?. Luciana lembra do acordo que essas operadoras firmaram com a Sky-DirecTV como alternativa de novas receitas. ?É por aí que elas têm que serguir?.

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Na visão de Felipe Cunha, da Brascan, o resultado da Telefônica foi o esperado, porque apesar dos bons números, segundo ele, não existe a perspectiva de crescimento no longo prazo. ?É isso que preocupa no setor?, afirma. Ele acha que para conseguir bons resultados no futuro, as empresas precisam ?reformar seu business?. ?Elas têm que apostar em novos nichos de atuação, na convergência e na integração. Quando você oferece mais de um serviço para o cliente, a tendência é que caia o churn (troca de operadora)?, diz.

Principais números

A receita operacional líquida da Telefônica atingiu R$ 14,64 bilhões em 2006, 1,7% a mais que em 2005. O Ebitda foi 5,4% superior na comparação ano-a-ano, atingindo R$ 6,90 bilhões em 2006. A margem Ebitda foi de 47,2% em 2006, equivalente a 1,7 ponto percentual maior que em 2005. O lucro líquido cresceu 10,8%, atingindo R$ 2,81 bilhões.

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