Comcast acerta compra da Sky britânica, mas pode acumular dívida de US$ 100 bi

Foto: Pexels

A norte-americana Comcast cobriu oferta da 21st Century Fox e conseguiu arrematar a britânica de mídia Sky (não relacionada à companhia homônima brasileira, esta detida pela AT&T por meio da DirecTV) com uma proposta de US$ 39 bilhões no sábado, 22. Com isso, a operadora dos Estados Unidos pretende avançar no alcance internacional ao adicionar uma cartela de 23 milhões de usuários pela Europa, em especial com os direitos de programação esportiva na TV paga por satélite.

A oferta da Comcast foi validada em julho por uma carta de recomendação do chairman do comitê independente da Sky, Martin Gilbert, aos acionistas do grupo de mídia britânico. Com um prêmio de aproximadamente 5,4% por ação, o valor total resultava em 25,9 bilhões de libras, ou US$ 34 bilhões. O lance em uma espécie de "leilão cego" do final de semana adicionou mais US$ 5 bilhões à proposta inicial. A recomendação ainda cita crescimento orgânico da Sky em países como Reino Unido, Espanha e Suíça.

Há, entretanto, preocupação no mercado. Segundo a Bloomberg nesta segunda-feira, 24, a transação pode engordar a dívida da Comcast. Não há informação ainda sobre a fatia que a norte-americana vai adquirir na Sky, mas se chegar a 100%, a dívida poderia subir para US$ 114 bilhões. Para isso ser possível, seria necessária a venda dos 39% detidos pela 21st Century Fox – que, por sua vez, precisaria de autorização da Disney, que virou sua controladora recentemente. Ficando com apenas os 61% restantes, ainda assim, a dívida ficaria na casa dos US$ 100 bilhões.

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