O mercado financeiro recebeu bem o anúncio formal da joint venture de telefonia celular constituída pela Portugal Telecom (controladora da Telesp Celular e Global Telecom) e Telefónica Móviles (controladora da Tele Sudeste, Tele Leste e CRT Celular). Os espanhóis acabaram tendo que fazer aquisições para completar os 50% do capital da nova empresa, o que será feito (para alegria do mercado de ações) com a compra de 22,56% das ações preferenciais da Telesp Celular, a um preço de R$ 3,50 por lote de mil.
Isso, logo de início, levou a uma alta expressiva da Telesp Celular (TSPP4), que fechou nesta quarta-feira, 23, a R$ 3,45. O fato, porém, é que a nova empresa é muito promissora, segundo todas as fontes consultadas. Primeiro porque, com 13 milhões de assinantes, começa como a maior e mais forte da América Latina. Depois, em razão dos evidentes ganhos administrativos e operacionais, que deverão resultar em cortes expressivos de custos. A Tele Leste Celular, em outubro, já acumulou uma alta de quase 10%. A Tele Sudeste, pouco mais de 3%, e a CRT, quase 4% apenas nesta quarta-feira.
O efeito do anúncio da joint venture PT-Telefonica vai além das operadoras dos dois grupos ibéricos. Já começam a se beneficiar também as sempre as sempre cobiçadas Tele Centro Oeste Celular e Telemig Celular. ?Todo o mundo sabe que está chegando a hora de tirar as moças para dançar?, brinca o analista chefe de um dos bancos mais atuantes no setor. Ele acredita que esse mercado está esquentando. ?Portugueses e espanhóis foram picados pela presença da TIM?, ressalta. ?E ficaram muito impressionados com o forte crescimento da Oi, que deve chegar a dezembro com mais de 700 mil assinantes?. Agora já não há mais dúvidas de que a nova empresa PT/Telefónica vai migrar toda para o SMP.
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