BrT planeja oferecer 100% de ágio por licenças em sua região

A Brasil Telecom (BrT) está interessada em comprar apenas licenças de SMP para as áreas que compõem a sua região de atuação e planeja apresentar propostas com ágio de cerca de 100% sobre o valor dos preços mínimos. A informação partiu de uma fonte ligada à própria empresa, mas não é confirmada oficialmente pela assessoria de comunicação do Opportunity, sócio controlador da BrT. O banco gestor de fundos informou que ?não se pronuncia sobre boatos?.
A Anatel estabeleceu os seguintes preços mínimos para as licenças das áreas que compõem a região de atuação da BrT: R$ 69,149 milhões (Paraná e Santa Catarina); R$ 47,528 milhões (Rio Grande do Sul) e R$ 68,241 milhões (Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins e Distrito Federal). Ou seja: juntas, as três licenças podem ser vendidas por no mínimo R$ 184,918 milhões. Se a BrT oferecer um ágio de 100% por essas três licenças, pagará quase R$ 370 milhões.
A estratégia de participação da BrT no leilão, todavia, ainda depende de aprovação pelo conselho de administração da empresa, que deverá se reunir para debater o assunto em breve.

Notícias relacionadas
É provável que, diante desse alto valor proposto de ágio, os fundos de pensão Previ, Petros e Telos, também acionistas da BrT, se posicionem contra a participação da operadora no leilão. Entretanto, pelo acordo de acionistas de Invitel ? empresa que controla indiretamente a BrT ?, os representantes das fundações no conselho são obrigados a acompanhar o voto do Opportunity.
Vale lembrar que se a Brasil Telecom se tornar controladora de qualquer empresa de telefonia celular será criado um obstáculo para a volta da Telecom Itália ao controle da concessionária local, já que a companhia italiana é dona da TIM, operadora móvel com licença nacional. O banco gestor, no entanto, já afirmou que não pretende romper acordo para que os italianos possam voltar ao controle da BrT.
Também resta saber o que a BrT vai fazer quanto ao seu impedimento de entrar em outras operações enquanto não antecipar suas metas de universalização de 2003. Uma saída seria a retomada desta antecipação, que agora sairia a um custo muito mais baixo do que o previsto para 2001, quando a empresa abandonou este empreendimento. Isto por conta da maior proximidade da data-limite para as metas (dezembro de 2003) e também pela atual ociosidade das linhas de produção dos fornecedores de equipamentos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!