SES registra queda nas receitas em 2017

A operadora de satélites SES registrou queda de receita e lucro operacional em 2017, segundo balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira, 23. A companhia diz ter enfrentado ano desafiador, mas espera que novos lançamentos nos próximos dois anos permitam aumentar a capacidade – especialmente para o mercado de conectividade de bordo em aviação comercial.

No período de outubro a dezembro do ano passado, a receita da empresa foi de 507,8 milhões de euros, uma queda de 12,2% em relação a igual período de 2016. No acumulado de 2017, o recuo foi menor: 1,6%, total de 2,035 bilhões de euros.

A área de vídeo da SES teve receitas de 1,383 bilhão de euros, com previsão de ficar abaixo desse patamar nos próximos três anos – entre 1,300 bilhão e 1,320 bilhão de euros em 2018; e acima de 1,350 bilhão de euros em 2020. Já a área de redes da operadora registrou 646,1 milhões de euros, com previsão de 660 milhões a 690 milhões de euros neste ano e de acima de 875 milhões de euros em 2020.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) no trimestre foi de 329,6 milhões de euros, redução de 15,6%. No ano, o EBTIDA foi de 1,324 bilhão, recuo de 8,8%. A margem EBTIDA reduziu (em câmbio constante) 2,7 pontos percentuais e encerrou o trimestre em 64,9%. No ano, a queda foi de 1,6 p.p., ficando em 65,1%.

O lucro operacional da SES foi de 162,2 milhões de euros (recuo de 22,8%) e de 610,6 milhões de euros (queda de 25,6%) no trimestre e no acumulado de 2017, respectivamente. Já o lucro líquido foi de 201,6 milhões de euros no trimestre, um crescimento de 45,4%. No ano, houve queda de 38,1%, total de 596,1 milhões de euros.

Oportunidades a bordo

O presidente e CEO da SES, Karim Michel Sabbagh, afirmou em comunicado que 2017 foi um ano importante de transformações para empresa ao estabelecer as divisóes de vídeo e redes, e que isso permitirá entregar crescimento "no futuro". Porém, reconhece que o desempenho dos negócios "foi abaixo de nossas expectativas enquanto o mercado permaneceu desafiador por todo 2017, composto por alguns problemas de saúde da frota (de satélites)".

Sabbagh diz que a SES está começando a ver o retorno dos investimentos feitos em três novos satélites lançados no ano passado. "Esses, além dos outros lançamentos planejados para 2018 e 2019, vão trazer a muito necessária capacidade e capacidades específicas por consumidor para nossa frota, particularmente o mercado aeronáutico que está em rápido crescimento, e que irão apoiar nosso futuro crescimento", declarou.

Tanto o CEO Karim Sabbag como o CFO, Padraig McCarthy, deverão deixar os respectivos cargos na SES em 5 de abril. Os sucessores nomeados são Steve Collar como CEO e Andrew Browne como CFO.

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