Pagamentos móveis crescem em todas as frentes, apesar da crise

A crise econômica parece não ter impactado negativamente o mercado de pagamentos móveis no Brasil. Ao contrário, essas soluções seguem crescendo a passos largos, acompanhando uma tendência mundial de adoção dessa tecnologia. De acordo com a Adyen, por exemplo, a participação do mobile sobre o total transacionado em e-commerce na sua plataforma no mundo passou de 15% para 30% nos últimos 12 meses. A Mastercard, por sua vez, projeta que em 2019 acontecerão 195 bilhões de transações de m-commerce no mundo. O assunto foi debatido durante o Forum Mobile+, nesta terça-feira, 22, em São Paulo.

"O nosso grande competidor é o dinheiro. Nosso objetivo é um mundo sem dinheiro – cashless – com as transações feitas através de dispositivos móveis", comentou Adriana Barbosa, CEO da Payleven, empresa que fornece solução de mPOS. Ela confirmou que a alta do desemprego tem levado muita gente a empreender novos negócios, o que gera um aumento da procura por mPOS.

Fábio Freitas, diretor de serviços financeiros da TIM, acredita que os serviços de m-payment devem ser divididos entre dois públicos: os bancarizado e os desbancarizados, que são 40% da população brasileira. Para os primeiros, devem ser criados serviços de m-wallet, com foco na conveniência. Para os últmos, serviços de inclusão financeira através do celular. "Os desbancarizados querem comodidade para pagar contas e transferir valores. Querem a segurança de não manusear dinheiro físico e de controlar o seu orçamento", disse.

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NFC, bitcoin e bancos

Durante a palestra, os painelistas foram questionados sobre o uso do NFC e porquê não decolou no Brasil. Os executivos creditaram o problema a uma questão cultural, de costume de uso, que precisa ser vencida com divulgação e educação. O diretor de produtos do PagSeguro, Davi Holanda, lembrou que testou a modalidade em 2012, em uma parceria com a Nokia, mas não teve aceitação dos usuários. "Ficamos com um gostinho de quero mais", brincou.

Outro tema levantado durante o painel foi o uso do bitcoin no Brasil, algo que foi rechaçado pelo vice-presidente da Adyen, Jean Mies. Em sua visão, a adesão dos usuários globais à moeda virtual no futuro próximo não deve ser grande, mesmo com sua própria companhia aceitando-a em suas operações de pagamentos móveis.

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