Desempenho da indústria elétrica e eletrônica tem queda em maio

Os indicadores de desempenho da indústria elétrica e eletrônica tiveram retração no mês de maio. É o que aponta uma sondagem feita com associados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). De acordo com a pesquisa, houve forte redução no percentual de empresas que registraram aumento em suas vendas/encomendas, que passou de 59% para 46%. Ao mesmo tempo, ocorreu crescimento, de 22% para 38%, no total de entrevistados que indicou queda de vendas/encomendas, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Conforme o levantamento, desde o início do ano tem sido observado um aumento no número de empresas que sinalizam um ritmo de negócios abaixo das expectativas. Em janeiro, 34% indicaram essa redução nos negócios. Já em maio, o total passou para 58% das empresas.

Ainda de acordo com a sondagem de maio, aumentou o número de empresas com estoques de matérias-primas e componentes abaixo do normal, passando de 7% para 23%. Paralelamente, houve ampliação do número de entrevistadas com estoques de produtos acabados acima do esperado, indicador que aumentou de 23% para 32%. Foi observado também um crescimento de 22%, em abril, para 38% em maio, no total de empresas com dificuldades para adquirir componentes e matérias-primas.

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"Além do alto grau de ociosidade da indústria elétrica e eletrônica, muitas incertezas vêm abalando a confiança dos empresários. Isso fatalmente inibe a realização de novos investimentos e retarda a recuperação e o crescimento que tanto buscamos", afirmou em comunicado o presidente da Abinee, Humberto Barbato.

Esses resultados estão em linha com outra pesquisa feita pela Abinee sobre os impactos da greve dos caminhoneiros. Na ocasião, os principais entraves citados pelas indústrias do setor foram a dificuldade de recebimento de insumos e a impossibilidade de entrega de seus produtos aos clientes. Além disso, a sondagem da associação sobre a paralisação indicou que o faturamento das indústrias eletroeletrônicas sofreu redução média de 20% no mês de maio em relação ao planejado. Essa perda representa cerca de R$ 2,5 bilhões.

Emprego e capacidade instalada

 O nível de emprego não mostrou alterações significativas, com 77% das entrevistadas indicando estabilidade, na última sondagem da Abinee. Já a utilização da capacidade instalada passou de 74% em abril, para 75% em maio. "Nota-se que ainda continua alto o grau de ociosidade da indústria elétrica e eletrônica, fato que inibe a realização de novos investimentos", concluiu Barbato.

 

 

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