Modelo brasileiro de clearing favoreceu impasse

O clearing entre as teles sempre foi atribuição da Embratel, desde os tempos da Telebrás, quando a então operadora monopolista de longa distância do sistema detinha a função de realizar o encontro de contas das operadoras locais. Por outro lado, as operadoras celulares, que também faziam parte do sistema estatal, concentraram a gestão do roaming nacional e de países vizinhos ao Brasil em um comitê, o CGR, que continuou com a incumbência mesmo depois da privatização. O grupo realizou em 2000 uma concorrência para habilitar uma nova prestadora de clearing e acabar com o monopólio da Embratel. Em outros mercados, as operadoras escolhem livremente a clearing house de sua preferência, que naturalmente trocam dados entre si. No Brasil, esta liberdade ainda não ocorre por conta do desentendimento entre as empresas de clearing house. A interpretação de analistas é de que existe uma resistência da Embratel, por conta do interesse já manifestado publicamente de vender sua clearing house. Ao concentrar todas as celulares em sua carteira, a empresa ficaria mais valorizada numa transação.

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