Para Telefônica, compartilhamento da rede estatal de telecomunicações seria positivo

A Telefônica manifestou nesta segunda, 22, o mesmo discurso que a TIM e a Vivo já vêm adotando em relação à infraestrutura estatal de telecomunicações. "O governo tem um ativo de rede importante e um backbone nacional que se for colocado à disposição das empresas, pode ser muito interessante", disse Antônio Valente, presidente do grupo Telefônica no Brasil, ao comentar sobre o Plano Nacional de Banda Larga. Valente disse que não importa se essa infraestrutura será gerida pela Telebrás ou por qualquer outra empresa. "Mas seria importante que estivesse à disposição das operadoras", ponderou. Ele não esconde que as empresas não gostam muito da ideia de verem o governo prestando diretamente serviço à população, mas ressaltou que essa possibilidade não cria nenhum tipo de desconforto dos acionistas estrangeiros, pelo menos no caso da Telefônica. "Sempre destacamos que o Brasil tem uma estabilidade institucional muito grande e isso não mudou". Sobre o Plano Nacional de Banda Larga, Valente diz acreditar que, nesse momento, já não se discute a importância de se buscar formas de levar mais banda larga a mais pessoas por um menor preço. "O importante é discutir como", disse, ressaltando que existem fortes disparidades regionais e que no Estado de São Paulo, por exemplo, já há 5 milhões dos 12 milhões de domicílios com banda larga. A Telefônica pretende ter o serviço Speedy disponível para todos os municípios de sua área de cobertura no Estado (622 ao todo) atendidos até o final de março, mas nem todos com o plano de banda larga popular que goza de isenção de ICMS. "Nesse caso, temos que construir uma rede wireless nova e isso começou a ser feito agora", disse Valente. Ele ressalta que até o final do ano terá uma cobertura de cerca de 100 mil domicílios com essa rede.
Entre as ações que o governo pode adotar para ajudar a expansão dos serviços banda larga, Valente reitera a importância de diminuir a carga tributária, o próprio compartilhamento da infraestrutura estatal e também o licenciamento de novas faixas do espectro, e nesse sentido repete o que dizem outras empresas sobre a banda H. "Seria importante que todos pudessem participar da licitação", diz.

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