O presidente da Claro, Luis Cosío, afirmou nesta quinta-feira, 21, em seu primeiro encontro com a imprensa, que a guerra de preços entre as operadoras móveis na última data comemorativa (Dia dos Namorados), foi conduzida pela Vivo, e não pela Claro ou pela TIM. "No trimestre que passou, não foram os italianos (TIM) ou os mexicanos (Claro) que deram início aos subsídios, e sim os ibéricos (Vivo, controlada pela Portugal Telecom e pela Telefónica Móviles)", disse Cosío. "Nós não gostamos e não queremos ter uma margem Ebitda baixa, mas não podemos permitir que a concorrência tome a dianteira. Gostaríamos de estar num patamar diferente (de margem Ebitda, cuja previsão para este ano é de margem zero), mas o subsídio dos aparelhos não é a única coisa que afeta os resultados", afirmou o presidente da Claro.
Melhor rentabilidade
Para melhorar a rentabilidade, Cosío diz que uma das ações é tentar reduzir os custos e gastos (Opex) como, por exemplo, o custo com a VU-M (interconexão). O presidente da Claro acredita que este ano a venda de aparelhos deve superar a do ano passado. Em 2004, foram vendidos 19 milhões de unidades e, este ano, até o primeiro semestre, já haviam sido contabilizados 9,9 milhões de aparelhos vendidos.
A Claro registrou um faturamento total de R$ 5,2 bilhões no ano passado e, entre as operadoras da controladora América Móvil, é a segunda mais importante, atrás apenas TelCel, do México, que tem 30,6 milhões de assinantes. A operação mexicana na Colômbia tem 7 milhões de assinantes e na Argentina, 4,1 milhões.
Segundo Cosío, a Claro é a operadora no Brasil que tem a rede de banda larga móvel (em GPRS/EDGE) mais abrangente, com cobertura em 1.052 cidades.