Provedores regionais utilizam solução de core do Facebook para facilitar serviço LTE

Provedores regionais que adquiriram frequência no leilão de sobras da Anatel e que resolveram usar a faixa para prestar serviço móvel local acabaram se deparando com um problema inesperado: os elevados custos para implantação do core de rede. Porém, desde o começo deste ano, essas empresas passaram a contar com a possibilidade de utilizar a plataforma open-source e gratuita de Evolved Packet Core (EPC) do Facebook, o Magma, lançado na última Mobile World Congress em Barcelona, em março. Agora, a expectativa é que a solução se torne o padrão entre as prestadoras de pequeno porte no País.

Segundo informa o presidente da Interconnecta, Juliano Rastelli, um grupo de provedores enfrentando as mesmas dificuldades com a implantação da rede se uniu e, após considerar utilização do projeto europeu Open Air, decidiu adotar a plataforma da rede social. "O Facebook apresentou o projeto Magma, que é um EPC testado em outros países, inclusive na América do Sul", explicou ele durante painel temático nesta terça-feira, 21. "Hoje, toda a nossa base está funcionando com o Magma, e de outros operadores também. Pessoalmente, eu acredito que ele vai se tornar o padrão para os pequenos", diz.

A diretora de políticas de conectividade do Facebook, Ana Luiza Valadares, explica que a empresa está recebendo os provedores de LTE interessados em baixar o custo na implantação da rede, mas lembra que o projeto é apenas uma das formas com a qual a norte-americana trabalha para promover a conectividade. Ela reiterou, contudo, um propósito claro de apenas apoiar com as iniciativas em infraestrutura e acesso: "Não queremos ser empresa de telecomunicações, queremos colaboração com os diversos players, inclusive com as teles." Ela diz também que a companhia não tem preferências por tecnologias de acesso, mas que a divisão Facebook Connectivity tem entre 400 e 500 profissionais dedicados aos desafios de promover a conexão em regiões com pouca ou sem nenhuma infraestrutura, especialmente na África. "Eu não diria que o Brasil é a preocupação número um do Facebook [em termos de infraestrutura de conectividade]. Aqui temos uma competição saudável entre as prestadoras, e a cobertura, bem ou mal, é razoável", avalia Valadares.

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