Big data e analytics são apostas da Cisco para IoT na América Latina

Amri Tarsis, diretor de Internet das Coisas, Cisco. Foto: Divulgação

A Cisco aposta forte na Internet das Coisas (IoT) e acredita que a utilização inteligente de dados, misturando Big Data com Analytics, poderá ajudar a gerenciar o aumento exponencial de dispositivos conectados. De acordo com o diretor de IoT/IoE (Internet of Everything, nome comercial da Cisco para o ecossistema que inclui todo tipo de dispositivo conectado) para América Latina, Amri Tarsis, a recente investida da companhia na aquisição do ParStream no final de outubro mostra a estratégia da empresa. "Porque é muito de analytics, focada em ambientes de IoT para gerenciar volumes massivos de dados na rede", explicou ele durante apresentação para jornalistas no evento Cisco Live, em Cancún, México.

Tarsis ressalta que o movimento de ascensão da classe média na América Latina, com a consequente expansão do varejo e da capacidade produtiva, já é passado. "Agora, o momento é distinto, para a otimização, eficiência operativa", declara. Assim, o investimento em IoT se justifica porque pode ajudar a reduzir custos, como a diminuição de perdas de energia elétrica com pirataria na utilização de smart grids. Entre os cases citados, ele destaca o projeto piloto da AES Eletropaulo, em Barueri (SP), que utiliza frequências não licenciadas. A Cisco fornece os roteadores para a infraestrutura integrada.

No entanto, ele reconhece que ainda há barreiras regulatórias na região. "Na Colômbia, México e Brasil há discussão de regulação, mas isso é algo que se toma tempo, não se muda rapidamente. Não estamos totalmente legais, mas estamos avançando."

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Para o diretor de IoT/IoE da empresa para as Américas (Estados Unidos e Canadá), Todd Gurela, a América Latina está "mais avançada do que as pessoas pensam" na utilização da Internet das Coisas. "Tem no metrô, em cidades inteligentes, e com corpos administrativos e gerência. Tem bons exemplos como no varejo, investindo muito em segurança com prevenção de perda", analisa ele. Gurela acredita que as smart cities latino-americanas são mais focadas em eficiência do que os modelos europeus.

Um dos exemplos de avanços na região envolvem a empresa de software Rockwell. A companhia adota IoT na indústria farmacêutica americana e brasileira para atender à regulação que exige que o processo produtivo do componente bruto da droga tenha rastreabilidade. "Tudo tem que ser identificado pelo código e temos de ver a genealogia da pastilha, tenho que saber qual máquina está produzindo, quem colocou a matéria prima, que linha está fazendo e quem vou impactar. Se não tem conectividade das coisas, e não tenho dados, as empresas não vão poder cumprir essa normativa", explica o líder regional para a América Latina de arquitetura e software da Rockwell, David Barragán Prieto. Outra aplicação é na indústria de petróleo e gás, com a ISI Mustang, que utiliza solução da Rockwell e da Cisco com fibra ótica junto a tubos e rotas de gás natural na Argentina, Colômbia e Brasil.

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