O chairman da Nokia Siemens Networks (NSN), Aluízio Byrro, manifestou sua preocupação em relação à capacidade das empresas fazerem frente aos investimentos de R$ 125 bilhões em dez anos previstos pelo Ministério das Comunicações para o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) 2.0.
O problema é que a taxa de retorno sobre o capital investido no Brasil é de 4,5% a 5%, enquanto que em outros países do mundo gira entre 10% a 12%. Com retorno abaixo de outros países, fica difícil conseguir convencer as matrizes a apostarem no plano. "Não vejo como convencer os acionistas a investir R$ 125 bilhões em dez anos. Se não houver participação do governo não vejo como (o plano) se viabilizar", diz ele.
Se o plano for financiado exclusivamente pelas teles, ele argumenta, elas teriam que elevar os investimentos em R$ 10 a R$ 12 bilhões por ano, em um mercado onde o MOU (minutes of use), embora crescente, ainda é baixo na comparação com outros países da América Latina.