O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloízio Mercadante, disse nesta quarta-feira, 10, que a reestruturação que está sendo elaborada no Programa Espacial Brasileiro tem o objetivo de ampliar a participação da indústria. Segundo o ministro, o modelo ainda está sendo discutido, e a decisão não será tomada sem que sejam ouvidas todas as partes envolvidas.
A ideia, levada ao MCT pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antônio Raupp, é promover uma fusão da AEB e o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). O ministério acredita que com uma estrutura mais enxuta seria mais fácil contratar novos funcionários para o Inpe e acelerar o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro.
ACS
A obra de construção do complexo de lançamento do Cyclone 4 é de responsabilidade da Alcântara Cyclone Space (ACS), que sofre com a falta de recursos do governo brasileiro e também do governo ucraniano. Recentemente o Brasil enviou uma comissão para a Ucrânia para cobrar que aquele país aporte novos investimentos na ACS para que haja equilíbrio entre o investimento brasileiro e ucraniano. O Brasil investiu em 2010 R$ 218 milhões, enquanto que a Ucrânia, apenas R$ 98 milhões.
O ministro disse que o parlamento ucraniano já aprovou a liberação de mais recursos para a binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), aporte que deverá acontecer até o fim de setembro.