Alcatel-Lucent fecha trimestre com prejuízo de 182 milhões de euros, mas comemora resultados

A Alcatel-Lucent encerrou o terceiro trimestre de seu ano fiscal com prejuízo de 182 milhões de euros, porém com alguns motivos para comemorar. Mesmo reportando uma receita trimestral de 3,687 bilhões de euros, quase 10% menor que a do mesmo período do ano anterior e 5,6% inferior em relação ao trimestre anterior, a companhia franco-americana acredita que alcançará o equilíbrio operacional em seu caixa até o final de 2009. Segundo o CEO da empresa, Ben Verwaayen, o plano de reformulação da estrutura de custos e despesas alcançou êxito no trimestre e posicionou a companhia a 80% da meta anual de redução de custos, que é de US$ 750 milhões. "Geramos 362 milhões de euros em fluxo de caixa livre neste trimestre. As condições do mercado continuam difíceis, reiteramos a visão de que nosso mercado deverá cair entre 8% e 12% em moeda constante. Porém atingiremos a receita operacional ajustada em torno do equilíbrio ainda neste ano", diz.
No trimestre, os segmentos corporativo e de operadoras fecharam em baixa, ao contrário dos de serviços e aplicativos.
Corporativo

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O segmento corporativo foi o que sofreu a maior queda nos negócios da Alcatel-Lucent no trimestre: 250 milhões de euros, uma queda de 17,2% comparada com os 302 milhões de euros no trimestre do ano passado, e de 3,1% comparada com os 258 milhões de euros no segundo trimestre de 2009. A âncora da área foi o permanente e continuado período fraco em telefonia de voz e de aplicativos de software corporativos, parcialmente compensadas pelo crescimento de aproximadamente 5% em redes de dados.
Operadoras
Em seguida vem a área de operadoras, com receita de 2,231 bilhões de euros, 14,6% a menos que o faturamento de 2,611 bilhões de euros do mesmo trimestre no ano passado e uma queda de 6,4% comparada aos 2,384 bilhões de euros do trimestre anterior. Destaque para as redes fixas, que tiveram seu melhor trimestre do ano, com faturamento de 404 milhões de euros, mesmo assim 18,4% menor que o do mesmo trimestre de 2008. Já as receitas da divisão IP caíram 4,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo 284 milhões de euros. A companhia informa que a queda foi motivada pelo acelerado declínio do mercado ATM. Porém, a receita das atividades ópticas da companhia também caiu: 706 milhões de euros, 11,5% menor que igual trimestre de 2008. Todos os segmentos do mercado terrestre, a companhia informa, caíram. Já as atividades de redes submarinas obtiveram novo trimestre de forte crescimento, de dois dígitos, em relação ao crescimento do ano anterior.
Redes móveis
As receitas provenientes de redes de terceira geração (3G) no trimestre apresentaram alta, mas, diante do desaquecimento das redes de segunda geração (2G), não foram suficientes para salvar a área de redes móveis, que faturou 859 milhões de euros, de um declínio de 18,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O GSM foi acentuadamente impactado pela migração ao 3G, apresentando um menor crescimento de assinante móvel e restrições de gasto de capital em quase todos os países. As receitas de CDMA caíram tanto em comparação com o ano anterior quanto sequencialmente, devido à continuada recessão na América do Norte, somente compensado parcialmente pelas implantações em andamento na China. As receitas de W-CDMA tiveram seu melhor trimestre até agora, impulsionadas pela China e América do Norte.
Segundo o balanço da Alcatel-Lucent divulgado nesta sexta-feira, 30, são 16 os testes de LTE conduzidos pela empresa em todo o mundo.
Aplicativos
Em contrapartida, o segmento de software aplicativo foi bem. Registrou receita de 286 milhões de euros no trimestre, 19,7% a mais comparada com os 239 milhões de euros do trimestre do ano passado e 10,0% comparada aos 260 milhões de euros do trimestre anterior. Os destaques, nessa área, ficaram para os aplicativos "carrier" (para operadoras), que cresceram mais de 30% no período.
Serviços
As receitas para o segmento serviços também fecharam bem o trimeste: 869 milhões de euros, um aumento de 2,5% comparado com os 848 milhões de euros do trimestre do ano passado e uma queda de 0,5% comparada com os 873 milhões de euros no segundo trimestre de 2009. As soluções de gerenciamento e terceirização de redes cresceram entre 25% a 30% neste trimestre, impulsionadas pela implantação em andamento de contratos adjudicados tanto na Europa do Leste quanto na Índia, no período de 2008/2009.

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