Preferenciais da BrT sofrem, mas as apostas são em solução

São óbvios os efeitos negativos do escândalo da espionagem da Brasil Telecom sobre os preços das ações da companhia na Bolsa. E é grande o risco de crise na direção operacional da empresa se acionistas questionarem o uso de recursos da BrT no interesse dos controladores, avaliam analistas do mercado financeiro. É nesse possível conflito de interesses que a situação pode complicar.
Observando-se a performance dos quatro papéis negociados na Bovespa, desde a quarta-feira, dia 20, quando vazou a informação da espionagem feita pela Kroll (contratada pela diretoria executiva da Brasil Telecom, controlada pelo Opportunity) as quedas são acentuadas, com exceção de um papel (BRTO3). As ordinárias da holding (BRTP3) caíram 2,9% em uma semana. As preferenciais da holding (BRTP4) caíram 9,5% no mesmo período. As ordinárias da operadora (BRTO3) tiveram valorização de 8,2%, e as preferenciais da operadora (BRTO4), desvalorização de 11,4%.
Os papéis mais prejudicados foram justamente dos acionistas minoritários sem direito a voto (as PN) tanto da holding quanto da operadora. Na leitura dos investidores, as incertezas sobre as investigações da Polícia Federal e os processos judiciais contra executivos da Brasil Telecom (principalmente a sua CEO, Carla Cico) poderiam eventualmente interferir, de alguma forma, no desempenho operacional da companhia.

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Note que as ON, com direito a voto e tag along, tiveram um curso diferente. As da operadora acabaram subindo 8,2%. Uma interpretação é que o escândalo acabará por acelerar uma solução para as disputas societárias.

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