S&P eleva ratings da Brasil Telecom

A agência de risco Standard & Poor's (S&P) elevou os ratings corporativos da BrT e da BrT Participações de ?brAA? para ?brAA+? na Escala Nacional Brasil. A S&P também avaliou como ?brAA+? as debêntures que serão emitidas pela BrT no total de R$ 500 milhões em série única e com vencimento em 5 de julho de 2009. A perspectiva do rating foi mantida em estável, e, segundo a própria operadora, trata-se da única empresa do setor de telecomunicações no País a ter essa classificação.
Em fato relevante enviado à CVM para informar o mercado sobre o rating da S&P, a Brasil Telecom destaca os pontos positivos da análise da agência de risco: os ratings ?refletem a posição de liderança de mercado ocupada pela Brasil Telecom em suas áreas de concessão ? o que lhe permite obter uma geração de caixa sólida e estável ?, bem como a estratégia da empresa de migrar gradualmente sua base de produtos para uma plataforma mais diversificada e de maior valor agregado?.
A S&P em sua análise ressalta, contudo, que "por ser uma entidade regulada, a Brasil Telecom permanece exposta a um arcabouço de regras razoavelmente novo e ainda em evolução".

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A análise da S&P relembra que a Brasil Telecom será a quarta empresa a ingressar no mercado de telefonia móvel em sua área de concessão, que aposta na venda de pacotes de serviços e produtos para alcançar a meta de um milhão de assinantes dentro do período de 13 meses e que a "disputa dos acionistas da Brasil Telecom com relação ao retorno da Telecom Italia ao grupo de controladores da empresa poderá atrasar seu plano de negócios. Embora esse potencial atraso não afete o perfil financeiro da empresa, ele poderá ter um impacto negativo sobre sua posição competitiva no médio prazo, quando a migração dos serviços de telefonia fixa para móvel se intensificará". Diz ainda que apesar da expectativa de que a "Brasil Telecom se beneficiará da capilaridade de sua rede e do reconhecimento de sua marca para atingir índices de penetração significativos, a capacidade da empresa para manter seus atuais níveis de fluxo de caixa deverá ser testada nos próximos anos. Além disso, a empresa será a quarta a ingressar em um mercado cujos clientes mais rentáveis já estão sendo servidos, devendo, portanto, enfrentar o desafio de atrair clientes cujo perfil varie de médio a alto (volume de tráfego), bem como lidar com clientes de renda inferior, nos quais se baseia o potencial crescimento da indústria, e, ao mesmo tempo, manter o custo de aquisição de clientes (SAC) em níveis conservadores, e conseqüentemente, rentabilidade elevada".
Sobre a dívida, a S&P diz que "a empresa vem registrando elevados níveis de liquidez e tem sido cuidadosa na utilização de seu fluxo de caixa livre e na aplicação de seus investimentos, mantendo assim seu endividamento sob controle ? o que, em parte, explica sua boa reputação no mercado e lhe permite obter amplo acesso a linhas de crédito no mercado doméstico. Por outro lado, a empresa vem aumentando seu endividamento em moeda estrangeira, que atingiu cerca de 30% de sua dívida total em 2004. Em função de suas receitas serem originadas no mercado doméstico, a empresa enfrenta o descasamento de moedas nos períodos não cobertos por operações de hedge (acima de dois anos)".
A S&P entende que a BrT, por contar com uma posição de caixa de R$ 2,9 bilhões em março de 2004 e esperar fluxo de caixa livre no exercício de 2004 de cerca de R$ 1 bilhão, será capaz de honrar amortizações (de principal e juros) no total de R$ 1,7 bilhão nos próximos 12 meses.
A principal necessidade de capital da Brasil Telecom em 2004 está associada à Brasil Telecom Celular, diz a S&P, o que exigirá investimentos de cerca de R$ 1 bilhão, "dos quais R$ 845 milhões já em 2004".

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