CVM rejeita termo de compromisso apresentado pela Techold

Outro termo de compromisso proposto por executivos do Opportunity que dirigem empresas controladoras da Brasil Telecom, da Telemig e da Amazônia Celular foi rejeitado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Desta vez, trata-se do inquérito nº 17/02, que investiga o uso de informação privilegiada por diretores da Techold na compra, em dezembro de 1999, de ações da Tele Centro Sul Participações, antigo nome da Brasil Telecom Participações. A Techold é controladora da BrT.
Os indiciados ? Arthur Carvalho, Verônica Dantas, Rodrigo Andrade e Wady Jasmim ? propuseram doar ?livros e revistas especializados em direito e finanças? para a biblioteca da CVM, em troca do arquivamento do inquérito e do não-julgamento. Pelas regras da autarquia, o colegiado da entidade, ao analisar um pedido de termo de compromisso, deve levar em conta a natureza e a gravidade do processo. Baseado nessa condição, o relator Wladimir Castelo Branco votou contra a aprovação do termo de compromisso, por considerar graves as acusações contra os executivos. Seu voto foi acompanhado pelo diretor Eli Loria e pelo presidente da CVM, Marcelo Trindade. Os diretores Norma Parente e Luiz Antonio de Sampaio se declararam impedidos.

Histórico

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Em 1999, Arthur Carvalho era membro do conselho de administração da Tele Centro Sul Participações (TCS) e, ao mesmo tempo, diretor da Techold. Segundo o relatório da comissão de inquérito, ele teria passado à Techold, em dezembro daquele ano, informações sobre a TCS que seriam publicadas em fato relevante por esta empresa dias mais tarde. Antes da publicação, a Techold adquiriu um lote de 500 milhões de ações ordinárias da TCS, o que configura uso de informação privilegiada. Em seu relatório, a comissão de inquérito considerou os acusados culpados. Falta, porém, o julgamento do caso por parte do colegiado da CVM.
A Techold é uma das controladoras da Solpart, que controla a Brasil Telecom Participações.
O Opportunity entende que o inquérito 17/02 da CVM tem caráter sigiloso e que ainda não foi julgado e, portanto, só se pronuncia após a decisão do colegiado da autarquia.
Recentemente, outro inquérito que investiga fundo ligado ao Opportunity, o 08/2001, também teve proposta de termo de compromisso recusada pela CVM.

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