Analistas confirmam que teles não tiveram rentabilidade

Se levado em conta o capital investido desde a privatização até hoje, as operadoras fixas não tiveram nenhuma rentabilidade. Essa afirmação é de analistas ouvidos pelo TELETIME News, que concordam com o estudo divulgado pela Abrafix ontem, 22, sobre a rentabilidade das incumbents.
Segundo esses analistas, o custo das metas de universalização e a desvalorização cambial foram muito maiores do que se imaginava. ?Nenhum plano de negócios previa tamanho gasto, que chegou a bilhões de reais. Nem mesmo a Anatel previa que isso seria tão custoso?, diz o analista de um importante banco brasileiro que preferiu não se identificar. Ele afirma que, caso os acionistas das operadoras fixas tivessem optado por um investimento bancário ao invés da aquisição de uma tele, eles teriam um retorno de investimento acima de 15% nesse período, em valor nominal, isto é, sem descontar a inflação.
Entretanto, todos concordam que as teles têm um lucro operacional bastante considerável e que o futuro pode ser lucrativo para os acionistas, desde que as novas metas de universalização não sejam tão pesadas e/ou as incumbents tracem melhores planos de negócios. ?Daqui para frente, as teles têm que pleitear com o governo e a Anatel um apoio financeiro para que os novos gastos sejam recuperados em cinco ou seis anos como costuma ocorrer em quaisquer contratos de concessão?, diz o analista.

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Vale lembrar que a baixa rentabilidade decorrente das metas foi descontada no preço das empresas quando houve o leilão de privatização e que, por serem prestadoras de serviços públicos, o retorno dos investimentos não se equivale aos ganhos financeiros. Além disso, as teles fixas diversificaram seus negócios, atuando em segmentos mais rentáveis como banda larga, call center, longa distância e serviços corporativos.

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