Nokia sinaliza avanço do wCDMA sobre o GPRS

A Nokia lançou novos aparelhos wCDMA durante o evento Nokia Connection 2004, em Helsinki, na Finlândia, e sinalizou que o padrão (com taxas de 384 Kbps a 2 Mbps) deve substituir o GPRS/Edge (com velocidades até 384 Kbps, mas com taxas reais médias de 60 Kbps). No Brasil, durante a Telexpo, em março, praticamente todos os fabricantes, inclusive a Nokia, haviam prometido lançar brevemente terminais GPRS/Edge mas, até o momento, não há nenhum aparelho disponível nessa tecnologia, com exceção da Nextel, cuja tecnologia é a iDEN, da Motorola. A tendência de substituir o GPRS/Edge pelo wCDMA pode ser uma resposta das operadoras e fornecedores de GSM ao avanço do CDMA. A Vivo, por exemplo, lançou primeiro o 1xRTT, sistema evolutivo do CDMA, cujas taxas de transmissão podem chegar a 144 Kbps. Ainda para este ano, a operadora promete oferecer comercialmente o EV-DO, cujas taxas podem chegar a 2 Mbps (com taxa reais médias de 600 Kbps).

Brasil

Os novos handsets wCDMA da Nokia estarão disponíveis ainda este ano na Europa mas não há previsão para sua chegada ao Brasil. Contudo, segundo o vice-presidente de terminais móveis da Nokia, Kai Ostamo, basta que operadoras como TIM, Claro e Oi (que operam em GSM) preparem suas redes para wCDMA para que os aparelhos também estejam disponíveis. Ostamo reafirmou a importância dos mercados emergentes como o Brasil, Índia, Rússia e China como potenciais consumidores desses aparelhos que trazem, ainda, a funcionalidade push-to-talk, outra promessa da Telexpo que ainda não aconteceu. De acordo com Ostamo, a importância do Brasil está no fato de que o País responde por pelo menos 50% do mercado latino-americano de telecomunicações.

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O debate sobre o que é 3G permanece. Os executivos da Nokia, assim como outros players, esquivam-se quando se trata de definir se wCDMA é uma evolução do GSM ou do CDMA. Ambas as tecnologias, por meio de seus respectivos fóruns, definem que, para o GSM, wCDMA já é 3G e, para o CDMA, o EV-DO seria a 3G. Enquanto a discussão permanece no nível teórico, o Brasil tem que aguardar a definição da Anatel sobre o UMTS, que é, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), a 3G. A agência terá que definir o espectro e a forma de comercialização das licenças.

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