A Telmex, que acaba de ser aprovada pela corte americana como nova controladora da Embratel, pretende aumentar a competição na oferta de telefonia local e longa distância, assim como no acesso à Internet e mercado corporativo no Brasil, sem descartar inclusive a redução de tarifas como arma na disputa pelo cliente. Foi o que informou nesta quarta, dia 28, Arturo Elias Ayub, diretor de alianças estratégicas, comunicação e relações institucionais do grupo mexicano. ?Nossa estratégia será oferecer um pacote completo de serviços, sendo competitivos tanto em produtos, quanto na qualidade e preços?, afirmou.
Segundo Ayub, os planos incluem também a capitalização da Embratel com novos investimentos e redução do débito da operadora. O novo controlador da carrier assumirá seu comando com ?humildade?, disse o executivo referindo-se à intenção de conhecer em profundidade a situação da empresa antes de definir mudanças.
De imediato, a Telmex já decidiu que não substituirá a marca Embratel pela sua. ?Manteremos o nome Embratel porque reconhecemos que se trata de um nome bastante conhecido?, explicou Ayub. Também, segundo ele, não haverá grandes mudanças nos primeiros escalões da empresa: ?Vamos conservar uma grande maioria das pessoas, fazendo a substituição de uma outra que não se adapte à nossa política?.
O grupo mexicano também estará aberto a discutir com o governo a concessão de golden share ou qualquer outra forma de comando da Star One, que controla as operações de satélites da Embratel, inclusive na banda X, usada para fins militares, revelou o executivo.
A questão dos satélites da Embratel, na verdade, já está em pauta em Brasília. Foi marcada para a próxima segunda, dia 3, uma audiência do vice-presidente da Telmex, Jaime Chico Pardo, e o presidente da Claro, Carlos Henrique Moreira, com o ministro das Comunicações, Eunício de Oliveira, para tratar do assunto.