Calais teria sido criada para barrar avanço da Telefônica

Fontes próximas às negociações que resultaram na formação do consórcio Calais têm uma versão no mínimo original que explica o posicionamento do presidente do BNDES, Carlos Lessa, e dos seguidos rumores de que o governo estaria apoiando as três teles fixas em seu projeto de comprar a Embratel.
Segundo essas fontes, autoridades governamentais teriam sido procuradas pelos representantes da Telemar e Brasil Telecom, que temiam uma compra da Embratel por parte da Telefônica, que assim ficaria numa posição de dominância quase absoluta do mercado brasileiro.
Como BNDES e os fundos de pensão têm investimentos expressivos na Telemar e também na Brasil Telecom, essas empresas teriam recebido uma espécie de sinal verde de setores isolados do governo para atrair a Telefônica ao consórcio, evitando assim um fortalecimento desmedido do grupo espanhol.

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O tiro, no entanto, acabou saindo pela culatra. A Telmex entrou para valer na disputa pela Embratel para se contrapor à recente incursão da Telefônica no mercado em que Carlos Slim é monopolista (México). Agora, BrT e Telemar teriam começado a argumentar que não há espaço para quatro grandes competidores na telefonia fixa brasileira. Com esse argumento, vislumbrariam, segundo as fontes, a possibilidade de ganhar a simpatia governamental para um próximo passo: a fusão entre elas, projeto este, aliás, já tentado e anunciado por Daniel Dantas, do Opportunity, que tem um pé em cada uma das teles. Desta forma, promete-se resolver a situação dos fundos, que têm muito dinheiro "encalhado" na Brasil Telecom e Telemar e não têm controle em nenhuma delas.

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