Empregos precisam entrar nos debates, diz presidente da Fittel

Para o presidente da Fittel, José Zunga, o debate sobre a venda da Embratel realizado na terça, 29, na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal foi positivo por ter levado a discussão à sociedade, mas, ao mesmo tempo, foi frustrante por ter se fixado apenas no questionamento da decisão da MCI de vender a Embratel para a Telmex. "Essa questão não nos interessa. Independentemente de quem compra, nós queremos saber da capacidade de manutenção e geração de empregos e de realizar novos investimentos", afirmou.
Zunga considera a competição um requisito importante para que uma empresa de telecomunicações possa manter e abrir novos postos de trabalho. Depois de ouvir várias promessas de manutenção de empregos (a Telmex ofereceu 20 anos de garantia de emprego e a Geodex, 2 anos), o presidente da Fittel acha que ainda falta saber qual será a qualidade dos empregos oferecidos. "Queremos saber em que condições estes empregos serão garantidos. Além do mais, as empresas muito se gabaram dos empregos que geraram depois da privatização, mas sabemos que houve um processo maciço de terceirização".

Dúvidas permanecem

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Apesar de se colocar de forma neutra em relação à disputa pelo controle da Embratel, José Zunga afirmou que a Fittel continuará atenta à negociação e que o processo aberto na Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, sobre a possível formação de cartel pelas teles locais ainda é considerado muito importante para a federação sindical. "A transferência de propriedade não é uma discussão nossa, mas continuaremos atentos para saber se não há nenhum risco regulatório no processo de venda, seja qual for o comprador. É bom lembrar que na denúncia encaminhada, a questão dos empregos foi colocada", explica Zunga. "Nosso receio permanece. Faltam informações para sabermos se o risco não existe. Continuo conservador para imaginar que uma fragmentação da Embratel pode representar uma melhoria para a competição", completa Zunga, referindo-se à proposta de compra do consórcio formado entre as concessionárias locais e a Geodex.

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