Polícia Federal investigará controle da Brasil Telecom

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, segundo reportagens dos jornais Financial Times e Jornal do Brasil desta segunda, 29, além de nota da revista Época desta semana, pediu à Polícia Federal que abra inquérito para investigar o controle da Brasil Telecom. A base do pedido do Ministério Público são as reportagens veiculadas inicialmente por TELETIME News que mostram a presença do Citibank entre os controladores da BrT sem que isso tenha sido informado devidamente à Anatel e à CVM, no Brasil, ou à SEC, nos EUA. Além disso, como apurou o Financial Times em reportagem posterior, a empresa usada pelo Citi para deter essa participação, a CSH, deixou de existir em 2001 e isso nunca foi informado às autoridades brasileiras ou norte-americanas. A BrT continua atribuindo um terço do controle da Timepart à CSH. A Timepart é a principal acionista da Solpart, com 62% das ações ordinárias. A Solpart é controladora direta da Brasil Telecom. A Anatel também está investigando as denúncias e a questão está na secretaria de serviços públicos da agência.
O pedido de investigação da Brasil Telecom pelo Ministério Público Federal foi feito pelo procurador geral da República, Cláudio Fonteles.
As investigações do MPF também apontam para a participação do atual presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano, que já anunciou a sua saída do cargo. Cantidiano participou da montagem da estrutura societária da Timepart, tendo sido ainda até 2001 acionista e representante legal da empresa pela qual o Citibank participava da tele brasileira sem aparecer.

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Atualmente Cantidiano processa TELETIME pelos supostos danos morais causados pelas denúncias.

Descredenciamento

Além do inquérito na Polícia Federal, o Citi ainda enfrentará um outro pedido complicado. Dessa vez é o procurador Luiz Francisco de Souza, do Ministério Público Federal de Brasília que, segundo o Jornal do Brasil, pediu à CVM o descredenciamento do Citibank como gestor de recursos, justamente por ter participado do controle da Brasil Telecom de forma não-declarada e ter mantido, segundo o JB, contratos confidenciais com o Opportunity, lesando os fundos de pensão brasileiros.

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