Um cartão pré-pago cujos créditos sejam usados unicamente com serviços de dados: a idéia foi lançada por Carlos Estigarribia, sócio da LocZ, durante debate nesta quinta-feira, 18, no segundo dia do seminário Tela Viva Móvel, em São Paulo.
A sugestão pode servir para diminuir a preocupação das operadoras de telefonia com a possível perda de receita com usuários pré-pagos por causa de serviços de valor adicionado. As companhias entendem que muitos desses clientes têm um gasto fixo por mês com cartão pré-pagos. Enquanto o gasto dos créditos é só com voz, o dinheiro fica todo com as operadoras. Mas quando se começa a gastar com dados é preciso repartir com desenvolvedores e outros parceiros.
?Na Europa já existe esse modelo de cartão pré-pago para dados, mas através de sites da Internet e sem envolver as operadoras diretamente?, explicou Estigarribia. O representante da Vivo no debate, Omarson Costa, gerente de parcerias da companhia, disse que o problema não é simplesmente ?repartir a receita do usuário pré-pago?, mas, sim, ?o quanto é possível para a operadora repartir?.
Vale destacar que no Brasil já existe um site que vende jogos para celulares através de links WAP sem repartir receita do download com as operadoras. Trata-se da Atrativa, que está no mercado desde dezembro. ?A receita com download é nossa. A operadora fica com o tráfego de dados?, explicou Heleno Cuitiño, gerente de negócios da Atrativa.