Minicom e empresas divergem sobre universalização do SCD

Empresas interessadas em prestar o novo Serviço de Comunicações Digitais (SCD) questionaram hoje, no seminário "O SCD e o desenvolvimento da banda larga no Brasil", promovido pelo Jornal Telecom, as razões que levaram a Anatel a criar um plano de universalização que atinge primeiro as comunidades distantes para depois chegar aos grandes centros. Isso, segundo a maioria dos presentes no evento, aumenta o custo de operação em mais de 10 vezes. ?Se a região não tem rede fixa e tem que ser atendida por satélite, por exemplo, o custo é altíssimo, quase dez vezes maior?, reclamou o diretor de regulamentação da Embratel, José Roberto Souza Pinto.
Em resposta, o assessor especial do Minicom, Márcio Wohlers, afirmou que, se forem levadas em consideração tecnologias como xDSL, realmente as empresas têm razão, o custo é alto, porém, existem outras tecnologias como Wi-Fi, WiMax e MMDS, que viabilizam o projeto. Além disso, ele afirmou: ?o pobre custa caro? e é por isso que os recursos do Fust serão destinados ao novo serviço. ?O dinheiro público, de impostos como o Fust, não foi feito para a lógica de mercado. Pelo contrário, ele vai realmente de encontro ao interesse das empresas, mas está a favor do interesse do País?, completou.
Para Souza Pinto e o diretor de regulamentação da Telefônica, Wagner Heidel, o argumento de Wohlers é inválido porque ?há pobres em todo o País, mas principalmente na periferia dos grandes centros. Se estes fossem atendidos primeiro, teríamos o retorno sobre o investimento mais rapidamente e poderíamos expandir o serviço para regiões mais remotas posteriormente?, concluiu o representante da Embratel.

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