Novas regras aumentam custo de cartões indutivos

O diretor de relações externas da Telemar, Ércio Zilli, afirmou que a edição da nova regulamentação de certificação dos cartões indutivos pela Anatel aumentou em 20% o custo do produto, em palestra apresentada no seminário "Telefonia Pública e Inclusão Social", realizado nesta quarta, dia 10, em Brasília. O superintendente de universalização da Anatel, Edmundo Matarazzo, disse que a mudança era necessária, no sentido de evitar fraudes (comprovou-se que esfregando os cartões antigos era possível recuperar créditos) e aumentar a resistência dos cartões. Mas a agência, segundo ele, está avaliando o que fazer para resolver o problema.
Zilli também disse que a produção de cartões de 20 créditos é deficitária, em R$ 0,20 por unidade, sem contar o aumento de custos provenientes das novas regras de certificação. Mesmo com o uso de publicidade nos cartões, segundo ele, o déficit cai, mas ainda se mantém em R$ 0,15. Para Matarazzo o maior problema nesse caso está no preço estipulado pelos revendedores do cartão, considerado alto demais.
A falta de cartões de 20 créditos no mercado foi motivo de denúncia de José Zunga, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicaçõe (Fittel) ao ministro das comunicações Eunício Oliveira e à presidência da Anatel. Segundo o sindicalista, a omissão das teles na oferta do produto fere a resolução 334 da Anatel, prejudicando principalmente os usuários de baixa renda.

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Segundo Matarazzo, o problema da falta de recursos financeiros junto à população de baixa renda é de fato grave, havendo casos de pessoas que mal podem comprar cartões de 20 créditos, preferindo, se possível, pagar por chamada. O superintendente diz não ter idéia de como resolver o problema e não descarta a possibilidade de volta do TUP por fichas ou moedas.

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