Crise na Casa Civil deve afetar setor de telecomunicações

Na avaliação de um dos mais próximos auxiliares do presidente Lula, a atual crise política envolvendo a Casa Civil pode ter repercussões na área de telecomunicações. Principalmente se o desdobramento das acusações contra o ex-subchefe da Casa Civil para assuntos parlamentares, Waldomiro Diniz, enfraquecer o ministro-chefe José Dirceu. Tende a prevalecer a posição do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, mais voltada para as demandas do mercado, principalmente no que diz respeito às agências reguladoras, como a Anatel.
A fonte cita, em especial, a posição do ministro em relação à Anatel. Mais do que o ministro da Fazenda, que é contra qualquer ruído que possa ?perturbar? o mercado, José Dirceu defende o foco nos princípios da competição e do direito do consumidor. Pouco se entusiasma, no mesmo sentido, com a autonomia total da Anatel. Parte do poder do atual presidente da agência, Pedro Jaime Ziller, também se apóia em Dirceu.
Na linha da competição, a Casa Civil de José Dirceu tem sido relativamente mais simpática com a Embratel nas disputas que a companhia trava com as operadoras de telefonia local pelo direito pleno de utilização de suas redes de acesso (unbundling) e isonomia nas tarifas de interconexão. Ainda no que se refere à Embratel, Dirceu é contra a idéia do consórcio da Telemar, Telefônica e Brasil Telecom para a eventual aquisição da operadora de longa distância.

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Finalmente, é conhecida a conexão de José Dirceu com os fundos de pensão, aos quais apóia nas disputas com o Banco Opportunity ? tanto no que diz respeito à gestão dos fundos de investimentos quanto, especificamente, em participações societárias, como é o caso da Brasil Telecom. Foi ele a primeira pessoa do governo a detectar a forte presença do Citibank no controle da BrT.

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