A Embratel começa a dar sinais de que está disposta a competir pelo market share de telefonia fixa local nas áreas onde sua nova controlada, a Vésper, está presente. Nesta terça, 27, a Vésper lança seu primeiro produto com a marca Embratel. Trata-se de uma linha fixa wireless sem cobrança de assinatura básica e que ainda oferece sem custo adicional o trio identificador de chamadas, siga-me e secretária eletrônica, com tarifa de 5 centavos/minutos, fora os impostos. Uma diferença nada desprezável em relação às operadoras que cobram assinatura entre R$ 35 e R$ 37, fora os serviços. Este é o primeiro de uma série de meia dúzia de lançamentos da Vésper-Embratel, previstos para fevereiro e março.
A estratégia para o mercado residencial da nova controlada ficou por conta de Ranse Hesketh, o ex-vice-presidente para o mercado corporativo da Vésper. Desde o final do ano como vice-presidente executivo, Hesketh suspendeu todas as vendas em dezembro para desenhar novos produtos. O executivo diz que a tarifa local será até 60% mais barata do que a cobrada pelos concorrentes locais, e garante que não haverá subsídios. ?A Embratel exige que a Vésper gere lucro e dê retorno nos primeiros seis meses de operação?, diz Hesketh.
A linha, batizada de "Livre", é um serviço em versões pós e pré-paga, exclusivo para voz, que estará disponível em sua área de atuação, por meio de 211 parceiros varejistas. O cliente compra o aparelho Nokia ou LG, sem fio ou portátil (este último com mobilidade média de 9 quilômetros), por R$ 299 a R$ 499, e só paga o que usar. O próprio cliente instala o aparelho, wireless, e o habilita, também sem custo. As campanhas de mídia, entretanto, foram concentradas inicialmente em pequenas cidades – Uberlândia (MG), Macaé (RJ), Feira de Santana (BA) e Bauru (SP). Hesketh não acredita que se repetirão os problemas que a Vésper teve quando iniciou sua operação – os consumidores pediam a linha, mas não havia cobertura na grande maioria das localidades. Para isto, conta com os investimentos que a Embratel anunciou recentemente, de US$ 25 milhões a US$ 35 milhões na rede, em menos de seis meses, e também no atendimento via call center.
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