Data room pode ser primeiro risco à concorrência

O fato de haver uma proposta feita pelas teles Brasil Telecom, Telemar e Telefônica para a compra da Embratel levanta imediatamente o problema de acesso a informações privilegiadas. Se vão comprar, as teles fixas podem conhecer o data room da empresa. Sobre isso, uma fonte ligada à Embratel diz que só haverá informações públicas disponíveis. Outro especialista lembra que a Anatel tem a prerrogativa de, preventivamente, para evitar abusos de poder econômico, averiguar se existe a troca de informações sensíveis entre concorrentes. Essa troca de informações poderia ocorrer tanto na formação do consórcio quanto no acesso ao data room da Embratel.
Daniel Goldberg, secretário de direito econômico do Ministério da Justiça, disse que ainda não é possível ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SDE, Cade e SEAE) emitir opinião sobre a questão da compra da Embratel porque não se conhece a formatação das propostas, que ainda precisam passar pelo crivo da Anatel.
Nem mesmo o Ministério das Comunicações sabe ao certo o número de propostas formalizadas. Fontes graduadas no Minicom acreditam que a proposta da Telos estaria, inclusive, combinada com a da Telmex, informação negada por pessoas próximas à Embratel. Haveria, então, três propostas (consórcio de teles, Telmex e Telos). Segundo esta fonte, cabe também aos concorrentes do consórcio de teles na disputa pela Embratel a fiscalização para que informações confidenciais não estejam acessíveis no data room.

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