Se a febre dos aparelhos tomou conta do consumidor nas festas de fim de ano, a outra ponta, a rede das operadoras, não respondeu à altura. Pelo menos no Estado de São Paulo, as três operadoras – Vivo, TIM e Claro – apresentaram problemas de excesso de tráfego em regiões do interior e do litoral. As operadoras alegam que foram problemas pontuais mas, em alguns casos, usuários relataram que os telefones ficaram mudos quase uma semana, entre o Natal e o Reveillon.
Esse problema deve ser amenizado no decorrer deste ano. O presidente da Claro, Carlos Henrique Moreira, diz que o investimento na rede entre 2003 e 2004 é de US$ 800 milhões (um acréscimo de US$ 300 milhões ante os US$ 500 milhões originalmente previstos para a expansão das ERBs). Moreira diz que nos próximos seis meses, todo o Estado de São Paulo deverá estar coberto pela rede GSM da Claro, além das demais regiões onde a operadora está presente. É a segunda fase da expansão da rede da Claro, com os fornecedores Siemens, Alcatel e Ericsson complementando as redes GSM em todo o País.
Cobertura
A TIM também correu até o final do ano passado e chegou a mais de 200 municípios no Estado de São Paulo, segundo o diretor territorial de São Paulo, Michel Levy. Sobre o problema de excesso de tráfego, Levy diz que os casos de hiper-pico não são dimensionados e foram apenas pontuais, na virada do ano. Quanto às áreas paulistas atendidas somente pela Vivo, com cobertura analógica, Levy não é tão taxativo quanto o presidente da Claro e apenas afirma que, para levar uma ERB digital a uma localidade analógica, deve ser estudada a viabilidade econômica da cidade. Até novembro do ano passado, segundo a Anatel, o Brasil ainda contava com uma base analógica de 619 mil assinantes. O próximo passo da TIM é expandir a rede EDGE, com velocidades até 220 kbps (a atual rede permite velocidades até 44 kbps).