BNDES e Previ pedem que Opportunity deixe gestão do CVC

A Previ e o BNDES, que são dois dos principais cotistas do fundo CVC Opportunity Equity Partners FIA (CVC Nacional), entregaram carta nesta segunda, dia 15, ao Banco Opportunity pedindo para que na assembléia do fundo marcada para o dia 30 de setembro seja incluída a discussão de dois pontos adicionais: a destituição do administrador do fundo (Opportunity) por quebra do dever fiduciário e a substituição do nome do fundo. Ainda não há detalhes sobre quais deveres fiduciários o Opportunity teria quebrado para justificar o pedido. A Previ já tentou esta manobra em outras oportunidades, sem sucesso. A novidade agora é o aval do BNDES. A eventual destituição do Opportunity do papel de administrador pode implicar mudanças profundas na gestão das empresas em que o CVC participa.
Caso o Opportunity não acrescente estes dois pontos na assembléia de 30 de setembro, é pedida então a convocação de uma assembléia para o dia 30 de outubro em que serão debatidos necessariamente os dois pontos solicitados por BNDESPar e Previ. A carta foi entregue com a presença de um oficial de cartório e cópia dela foi enviada a todos os cotistas do fundo.
O CVC Opportunity Equity Partners FIA tem participações em blocos de controle da Brasil Telecom, Telemig Celular e Amazônia Celular e participação na Telemar, apenas para citar as empresas do setor de telecomunicações. As participações dos fundos no CVC Opportunity Equity Partners FIA são: Previ (26,92%), Funcef (19,42%), Sistel (17,78%), Centrus (8,82%), BNDESPar (7,17%), Valia (4,53%), Telos (4,48%), Forluz (2,72%), Fachesf (2,72%), Celos (1,81%), Copel (1,81%), CEEE (0,91%), Delta (0,54%) e Opportunity (0,36%).

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O CVC Opportunity Equity Partners FIA foi criado na época da privatização do Sistema Telebrás para contemplar a participação dos fundos de pensão. Outro fundo, o CVC Equity Partners LP, também participa das empresas de telecomunicações, mas trata-se de um fundo estrangeiro (baseado em Cayman), cujo principal cotista é o Citibank. Tanto no caso do CVC Nacional quanto do CVC em Cayman o administrador é o Opportunity, que tem ainda o fundo Opportunity Fund (também baseado em Cayman) onde estão investimentos principalmente de pessoas físicas. O Opportunity Fund, que também participa das composições societárias das empresas de telecomunicações (entre outras) geridas pelo Opportunity está sendo investigado pela CVM por suspeitas de irregularidades em relação às regras do Anexo IV. Segundo essas regras, a presença do fundo no controle de empresas abertas é proibido, assim como a presença de cotistas residentes no Brasil. A CVM recebeu termo de compromisso dos indiciados, mas entre eles não está Daniel Dantas, principal homem do Opportunity. Ainda não há data para julgamento.

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